“Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025”, levantamento que está sendo produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro”, destaca R$ 150 bilhões aplicados nos próximos dez anos em exploração, infraestruturas e projetos que usam o energético como combustível ou insumo
Dados preliminares do estudo “Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025”, levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), indicam que o estado fluminense continuará líder tanto na exploração e produção do energético quanto em investimentos no mercado de gás natural. Conforme o estudo que está sendo produzido pela federação, R$ 150 bilhões serão aplicados neste segmento para os próximos 10 anos. Somente em exploração e produção são R$ 40 bilhões num horizonte até 2030.
Já até o fim da década e início da próxima, mais R$ 110 bilhões serão investidos em infraestrutura de escoamento, de transporte e de distribuição. Também há projetos de tratamento e uso como combustível e insumo, como usinas termelétricas, plantas de fertilizantes e produção de hidrogênio, entre outros.
A Firjan lembra que, além de ser o maior produtor, o Rio de Janeiro é o segundo estado maior consumidor do energético no Brasil, inclusive com a maior frota de veículos movidos a GNV (Gás Natural Veicular). O levantamento destaca que 74% da produção bruta de gás do país ocorre no estado fluminense, sendo que o Rio mantém 52% da produção líquida do produto. A federação lamenta, no entanto, que o estado represente mais de 85% do gás natural reinjetado no país e pouco seja aproveitado.
Em 2024, o país sedimentou importantes marcos legais para a transição energética, visando uma economia de baixo carbono. Agora no fim do ano foi aprovado o PATEN – Programa de Aceleração da Transição Energética. Ao longo do ano, foram sancionados os Marcos Legais do Hidrogênio, para Combustíveis do Futuro, de Eólicas Offshore e o que regulamenta o Mercado de Carbono.
“Para garantir o desenvolvimento desses novos mercados e garantir a atratividade de investimentos há a necessidade de manter a produção do gás natural, tanto para uso como combustível quanto como insumo para a indústria. Para isso, é necessário aprimorar cada vez mais o ambiente regulatório. Já no estado do Rio de Janeiro, é fundamental regulamentar o mercado livre do gás natural, proporcionando ao maior número de consumidores industriais a possibilidade de negociar seu próprio fornecimento de gás, melhorando e ampliando a competividade deste mercado”, afirma a gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso.
Lançamento Perspectivas do Gás
O estudo “Perspectivas do Gás no Rio de Janeiro 2024-2025” será lançado na Casa Firjan, em 30 de janeiro, com o seminário que debaterá o desenvolvimento de infraestrutura e o mercado livre, experiências e necessidades de consumidores de gás natural, e estratégias de fornecedores para o desenvolvimento do mercado. O encontro reunirá representantes de players do mercado como Petrobras, Naturgy Brasil, ATGás, CSN, ARKE Energia, Braskem, MGAS e Grupo Urca Energia. Além disso, participarão dos debates, representantes do poder público e empresas públicas como MME, ANP, EPE, Agenersa e Seenemar (Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar).
Veja a programação completa:
9h – Abertura. Com Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan; Vladimir Paschoal, conselheiro da Agenersa; Cassio Coelho, secretário de estado da Seenemar; Patrícia Baran, diretora geral da ANP; e Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME.
9h40 – Apresentação do estudo Perspectivas do Gás 2024-2025. Com Fernando Montera, gerente de Cenários de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan; e Heloísa Borges, diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE.
10h10 – Painel 1: Desenvolvimento de Infraestrutura e o mercado livre. Com Katia Repsold, country manager da Naturgy Brasil; Rogério Manso, CEO da ATGás; e Sylvie D’Apote, presidente do CdU. Moderação: Fernando Montera.
10h50 – Painel 2: Experiências e necessidades de consumidores de gás. Com Rogério Pizeta, diretor de Energia da CSN; João Lucas Ribeiro, conselheiro da ARKE ENERGIA; e Claudio Lindenmeyer, diretor de Comercialização de Gás Natural e Biometano da Braskem. Moderação: Bruna Duarte, especialista de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan.
11h30 – Painel 3: Estratégias de fornecedores para desenvolvimento de mercado. Com Maurício Tolmasquim, diretor Executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras; Henrique Baeta, diretor de Operações da MGAS; e Marcel Jorand, diretor Executivo do Grupo Urca Energia. Moderação: Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan.