Por Nino Bellieny
A explosão de comunicação das redes sociais nas quais todos se sentem absolutos campeões de audiência mesmo que tenham somente 500 seguidores ou 50 mil , criou o Fenômeno das Bolhas.
Ao expressar sentimentos, pensamentos, e suposições, o indivíduo pensar alcançar um número infinitamente maior do que o real de um alcance normal, permitido pelos algoritmos.
A não ser quando algo extrapola o imaginado e fura o bloqueio dos números, alcançando milhões de visualizações, é somente o universo particular, a bolha em si a ver o resultado do postado.
Mas quando se trata de empresas em busca de publicidade contínua ou principalmente políticos no poder, a bolha é uma redoma de vidro a prova de balas, e dificilmente algo terá a repercussão desejada ( mais fácil a indesejada) se não passar por um veículo de comunicação, sejam os ainda tradicionais como o rádio e a TV ou os modernos sites e blogs.
As assessorias de comunicação destes mandatários ou eles mesmos, usam suas redes como se fossem as detentoras de todo o alcance popular, e uma vez publicado no Instagram, Facebook ou X ( antigo Twitter), todo o município, estado, pais e mundo, saberão.
Desprezar as inúmeras mídias é uma assinatura amadora. Repercuti-las é sabedoria. Primeiro, deixe sair nelas, depois mostre o que saiu, se for de interesse, na rede particular.
Como anunciar uma importante verba conseguida, uma obra terminada, uma conquista qualquer pode ter mais impacto do que o de ser publicado em qualquer meio (ou em vários) da Imprensa?
A soma de um único site ou blog de respeito pode ultrapassar em milhões de acessos por hora, o perfil social de um presidente de Câmara Municipal, vereador, deputado, senador ou prefeito.
Todavia, na ânsia de falarem de si, preferem os próprios meios, desprezando os releases, os dados concretos as informações corretas, preparadas e enviadas por assessores com a mínima noção de jornalismo.
Existem inúmeros órgãos que só se preocupam com as repercussões negativas, tentando apagar incêndios criados por eles mesmos, mas se tivessem uma boa assessoria, não teria ocorrido ou saberiam apagar ou atenuar o fogo desnecessário.
Infelizmente, prefeituras, secretarias e câmaras municipais não se preocupam em ter assessoria de imprensa, ainda que fosse uma só pessoa a ser a responsável.
Mandatários querem economizar e não contratam bons jornalistas ou sequer têm a ideia da necessidade da boa informação, do princípio da publicidade pública, da divulgação do que se faz de bom.
Depois em época de campanhas políticas, tentam agrupar tais informações, ordena-las de modo correto para que o eleitor relembre ou saiba... e não há mais tempo.
Continuem falando dentro das bolhas, mas lembrem-se de que fura-las é imprescindível, tendo ciência do que realmente é importante ir para as massas e como chegar até elas.
Não desprezar nenhuma forma de comunicação honesta, do mais simples blog ao mais importante site, é o que se espera de quem manda e da equipe de comunicação que o assessora, se esta houver.
No eterno verão da comunicação, quanto mais andorinhas melhor.