Ao todo, já foram localizados dez sambaquis na cidade do Norte Fluminense
Por Iris Tavares, Jornal Extra* Foto Divulgação
Macaé, no Norte Fluminense, é um dos únicos municípios do país que possui mapeamento das áreas de interesse arqueológico. Ali, há pelo menos dez locais que registram a presença de sambaqui, considerado um dos patrimônios mais importantes da pré-história.
Entre 1966 e 1975, seis sambaquis foram localizados pelo Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas e pelo Programa Litoral Fluminense. Mais tarde, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) registrou a localização de outros quatro sítios arqueológicos que marcam a presença dos sambaquis. Inclusive, na localidade conhecida como Ilha de Santana, estão preservadas evidências de "sambaquianos" do século XVII.
Afinal, o que são sambaquis?
Conhecidos como sambaquis, formações constituídas, principalmente, de conchas de moluscos foram batizadas com esse nome porque, na língua tupi, a palavra significa “amontoando de conchas". Historiadores afirmam que, durante a pré-história, os povos costumavam enterrar os mortos nestes locais e, em seguida, acendiam uma fogueira como forma de despedida.
Figurando na lista do Iphan como detentora de 14 sítios arqueológicos, a cidade de Macaé realizou uma pesquisa de campo para a elaboração da Carta Arqueológica de preservação ambiental e patrimonial do município. No entanto, não foi registrado nenhum novo vestígio de sambaqui durante a expedição — um grande sambaqui que guarda vestígios de mais de cinco mil anos está localizado no bairro Itaipu, em Niterói. O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Lista dos 10 sambaquis encontrados em Macaé:
Sambaqui do Ury
Sambaqui da Aroeira de São Jorge
Sambaqui das Marrecas
Sambaqui dos Marimbondos
Sambaqui do Curral
Sambaqui do Glicério
Sambaqui da Ilha de Santana
Sítio Sambaqui do Rogério
Sítio Sambaqui da Vila nova
Sítio Sambaqui de Imbetiba
* Crédito à jornalista Iris Tavares e ao Jornal Extra