Polícia do RJ faz operação contra quadrilha que comercializa remédios proibidos e controlados pela internet
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Publicado em 08/11/2018

 A polícia do Rio realiza uma operação, na manhã desta quinta-feira (8) para prender integrantes de uma quadrilha que comercializa remédios proibidos, controlados e ilegais pelos Correios.

O esquema interestadual oferecia, há pelo menos 12 anos, abortivos, ansiolíticos, rebites e outros remédios controlados e ilegais. A operação, batizada de Eros, visa cumprir cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Paraná.

Os medicamentos eram comercializados na internet, através de grupos de aplicativos de celular e através de site.

No ar desde 2006, o site comercializava medicamentos para clientes de todo o território nacional e as encomendas eram postadas nas agências dos Correios de Niterói. Ao longo de seis meses, os investigadores da 78ª DP acompanharam e registraram, via ação controlada, o envio de medicamentos abortivos, ansiolítico e drogas usada no golpe do boa noite Cinderela.

Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas, crimes contra a saúde pública e lavagem de dinheiro.

Proprietários do site foram presos em Maricá

 

Em Maricá, na Região dos Lagos, a polícia prendeu Bruna Medeiros Boechat e Paulo Jardel Cavalcante Espindola, que seriam os proprietários e administradores de uma das maiores páginas da internet na venda de medicamentos proibidos, ilegais ou que só poderiam ser vendidos com prescrição médica, como inibidores de apetite, anfetaminas, anabolizandes e antibióticos.

Por meio das movimentações postais e das quebras de sigilo bancário e fiscal dos alvos estima-se que o casal movimentava mais de R$ 150 mil por mês com o comércio ilegal. Parte dos lucros eram investidos na aquisição de imóveis, onde o valor de compra era subfaturado servindo como mecanismo de lavagem de dinheiro. Para ocultar o patrimônio, o casal mantinha seus veículos em nome de terceiros.

Na operação desta quinta-feira, os agentes da 78ª DP também cumprem o sequestro judicial de três imóveis, cinco contas bancárias e dois veículos de Bruna e Paulo. Todos os bens poderão, a critério do juiz, serem leiloados e revertidos em benefício da Polícia Civil.

Durante as investigações, os agentes já haviam prendido em flagrante Bruno Sérgio Honorato de Paula, no Centro do Rio, com medicamentos que seriam entregues a um cliente. Na casa dele, em Campo Grande, na Zona Oeste, policiais apreenderam mil caixas de medicamentos.

 

Além da possibilidade de entrega pessoal, o suspeito também oferecia a possibilidade de envio da mercadoria pelos Correios. Ele agia em grupos de aplicativos de conversa.

 

Fornecimento de remédios para a quadrilha vinha do Paraná

 

Em Foz do Iguaçu, no Paraná, os policiais da 78ª DP, com apoio da 6ª SDP da Polícia Civil do Paraná, prenderam Flávia Conceição Ermácora e Antônio Sérgio Marsola, que é coronel da reserva da Policia Militar de São Paulo e o atual coordenador de segurança da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Marsola já ocupou o cargo de chefe de Gabinete da Prefeitura de Bauru (SP), na então gestão do prefeito Nilson Costa (PTB), tendo inclusive concorrido ao cargo de prefeito da cidade pelo PPS nas eleições de 2004.

De acordo com a polícia de Foz do Iguaçu, Flávia e Antônio mantinham o fornecimento regular de medicamentos para o casal de Maricá. Pela ação controlada concedida por decisão judicial, os agentes fizeram encomendas dos medicamentos e aguardaram a chegada ao destino final, para poder obter provas e a identificação da quadrilha.

 

*G1

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