Animais reabilitados retornam ao mar em comemoração aos quatro meses de atuação do projeto de monitoramento de praias na Região dos Lagos

Por Diário do Rio / Foto Eduardo Pimenta - PMP - Instituto Albatroz

Na manhã desta quarta-feira (09), o Instituto Albatroz realizou a soltura de oito pinguins-de-Magalhães na praia do Pontal do Peró, em Cabo Frio (RJ). Os pinguins estavam em reabilitação desde julho e agora retornam ao seu habitat natural, marcando os quatro meses de atuação da instituição à frente do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) na Região dos Lagos, que abrange Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo.

A ação foi um momento especial, com a participação de quase todos os colaboradores do Instituto Albatroz, que resgataram e cuidaram dos animais durante o período de recuperação. “É um momento único! Por isso, reunimos quase todos os colaboradores para participar da ação na praia do Peró”, celebra a médica veterinária Daphne Goldberg, Responsável Técnica da instituição.

A trajetória dos pinguins-de-Magalhães e o processo de reabilitação

Durante os meses de outono e inverno, os pinguins-de-Magalhães migram das colônias reprodutivas na Patagônia Argentina em busca de alimentos em águas mais quentes, chegando ao litoral brasileiro. Muitos acabam encalhando nas praias do Sul e Sudeste do Brasil, fracos e exaustos após a longa jornada. Além disso, fatores como interação com petrechos de pesca e poluição marinha agravam a situação desses animais.

A maioria dos pinguins resgatados pelo Instituto Albatroz chegou ao Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) em estado crítico, apresentando magreza, hipotermia e fraqueza. Durante o processo de recuperação, eles receberam fluidoterapia, aquecimento e uma dieta específica que resultou em um ganho de peso de até 60%. Antes de serem liberados, os pinguins passaram por exames laboratoriais e de imagem, e foram equipados com microchips subcutâneos para monitoramento a longo prazo e estudos de migração e saúde.

O que fazer ao avistar um pinguim na praia:

Se o pinguim estiver nadando, não o retire da água nem o encurrale. Ele pode estar apenas descansando.

Se o pinguim estiver na areia, não tente devolvê-lo ao mar.

Não alimente o pinguim.

Não coloque o pinguim no gelo ou em baldes de água, pois ele já chega à região com muito frio.

Entre em contato imediatamente com a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias pelo telefone 0800 991 4800.

Essa orientação também vale para outros animais marinhos, vivos ou mortos, avistados nas praias.

Projeto de Monitoramento de Praias (PMP)

O Instituto Albatroz, que possui um Centro de Visitação em Cabo Frio, é responsável pela execução do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), desenvolvido como parte do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras. O PMP, que atende 25 praias ao longo de 54 quilômetros de litoral em Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo, é conduzido diariamente por técnicos e monitores, tanto a pé quanto com quadriciclos.

O PMP-BC/ES foi criado para cumprir as exigências do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, e visa monitorar e resgatar a fauna marinha nas áreas impactadas pelas operações de produção e escoamento de petróleo e gás natural.