Nesta segunda-feira (23), a juíza Andrea Calado da Cruz, pediu a prisão do sertanejo na mesma operação que prendeu Deolane Bezerra
Por O Dia / Foto Reprodução
Na tarde desta segunda-feira (23), a Justiça de Pernambuco, pediu a prisão do sertanejo Gusttavo Lima por suposto envolvimento em lavagem de dinheiro, conforme investiga a operação “Integration”, que prendeu a advogada e influenciadora Deolane Bezerra.
Segundo as investigações, uma das lavanderias de dinheiro das casas de apostas, as Bets, seria a empresa Balada Eventos, que tem em seu quadro de sócios a N & R Empreendimentos e Participações Ltda., que detém 98% do capital social, e que tem como um dos administradores, Nivaldo Batista Lima, nome verdadeiro de Gustavo Lima, teria recebido em 2023 da Esportes Da Sorte, 26 lançamentos que juntos dariam o valor total depositado de R$ 8.189.600.
A decisão da prisão é da juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife, que destacou que o famoso teria dado asilo a foragidos.
"É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", diz.
A magistrada revelou ainda que, Gusttavo Lima, que viajou para a Grécia para comemorar o aniversário, teria usado a mesma aeronave que pode ter deixado dois investigados da operação no exterior.
"Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade", disse a juíza.
A coluna Daniel Nascimento teve acesso à decisão, onde a juíza afirma que não vislumbra, "no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública".
Além de Gusttavo, o empresário Boris Maciel também teve a prisão preventiva decretada.