Governo prevê gasto de R$ 26,1 bilhões com contratação e reajuste de servidores públicos em 2025
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Publicado em 01/09/2024

Valor é quase cinco vezes maior que o deste ano

Por Estadão Conteúdo / José Cruz (Ag. Brasil)

 

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, enviado pelo governo Lula ao Congresso nesta sexta-feira (30), prevê R$ 26,1 bilhões à contratação e ao reajuste salarial de servidores públicos nas três esferas de poder. A cifra é quase cinco vezes superior ao montante previsto no orçamento deste ano, de R$ 5,7 bilhões.

Do total, a maior parte (R$ 16,8 bilhões) será destinada ao aumento de remuneração dos funcionários do Poder Executivo. Trata-se de uma mudança relevante em relação à peça orçamentária de 2024, quando o Executivo não concedeu reajuste.

No último mês de abril, o governo concedeu reajuste de 52% no auxílio-alimentação e elevou o auxílio-saúde e o auxílio-creche, mas não mexeu nos salários. Além disso, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) abriu mesas de negociação com diversas categorias e vem fechando acordos específicos.

O último acordo foi assinado na quarta-feira (28), com os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que terão reajuste dividido em duas etapas: a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026.

Governo prevê R$ 2,2 bilhões para a contratação de 21,9 mil servidores

O projeto também prevê R$ 2,2 bilhões para a contratação de 21,9 mil funcionários públicos no âmbito do Poder Executivo, sem contar o chamamento de professores. A cifra é o dobro do montante observado no Orçamento de 2024, de R$ 1 bilhão.

O restante da verba de R$ 26,1 bilhões se destina ao pagamento de benefícios para militares, professores e servidores do governo do Distrito Federal, que são bancados pela União, além de reajustes e contratações no Judiciário e no Legislativo.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou neste mês o Concurso Nacional Unificado (CNU), e o plano é começar a contratar os novos servidores a partir de janeiro de 2025. A situação das contas públicas, porém, pode virar um empecilho para a ocupação de todas as 6,6 mil vagas, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão.

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