Restos mortais do cantor Claudinho desaparecem do jazigo perpétuo da família
Geral
Publicado em 17/08/2024

Viúva do cantor ficou sabendo da violação por um fã que, ao visitar o cemitério, soube do ocorrido. 

Por Diário do Rio / Foto Reprod. Redes Sociais

Os restos mortais do cantor Claudinho desapareceram misteriosamente do jazigo perpétuo da família. O caso, segundo o portal IG está sob a investigação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O músico, que integrava dupla Claudinho & Buchecha, morreu em um acidente de carro na Via Dutra, no último dia do mês de julho de 2002.

No processo judicial que tramita 1ª Vara Cível da Ilha do Governador consta que, em 2021, o jazido de Claudinho teria sido vendido ilegalmente para outra família. O túmulo foi um presente da gravadora Universal Music à viúva do cantor, Vanessa. No espaço, atualmente, está sepultada Mercedes Lema Suárez de Mato.

A viúva descobriu a trama ilegal após um fã ter relatado na internet que, ao fazer uma visita ao jazigo do artista, soube no cemitério que os restos mortais de Claudinho não estavam mais lá.

“Os restos mortais do cantor não mais se encontravam em seu devido jazigo e sim de outra pessoa, diante de uma realidade perturbadora, que não apenas viola o direito à memória e ao luto, mas também expõe falhas graves no gerenciamento dos espaços cemiteriais”, destacou o magistrado responsável pelo processo, como reproduziu o IG.

Vanessa, então, foi à administração do cemitério e se identificou como viúva do falecido. No local, funcionários aconselharam-na a enviar um e-mail relatando a situação. O cemitério respondeu à viúva que havia enviado um telegrama de aviso sobre a renovação do jazigo. Vanessa e familiares, no entanto, negam terem recebido a mensagem.

Os cemitérios no Rio são uma concessão que cabe à Prefeitura, e hoje são administrados por empresas privadas. Anteriormente aos chamados “cemitérios-empresa”, eram administrados pela Santa Casa da Misericórdia, irmandade católica que se encarregou dos enterros dos cariocas por quase 200 anos.

Os restos mortais do cantor foram exumados ilegalmente, pois sem a autorização da família, e alocados em um ossário coletivo com os restos mortais de outras sete pessoas. O descalabro que vem tomando conta dos cemitérios do Rio tem mais um triste capítulo em sua história.

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