Treinador se despede tendo as conquistas inéditas da Conmebol Libertadores em 2023 e da Recopa Sul-Americana em 2024, além de um Campeonato Carioca
Por Marcello Neves, de O Globo / Foto Arquivo
Fernando Diniz não é mais o treinador do Fluminense. Após a derrota para o Flamengo, neste domingo, no Maracanã, que manteve o clube na lanterna do Brasileirão, e uma longa reunião com a diretoria tricolor nesta segunda-feira, chegou ao fim a passagem do comandante nas Laranjeiras.
Fernando Diniz retornou ao Fluminense em 2022, mas viveu seu melhor momento em 2023, quando conquistou o Campeonato Carioca e o título inédito da Conmebol Libertadores. Nesta temporada, também conquistou a Recopa Sul-Americana, mas somou 28 partidas, com 10 vitórias, oito empates e 11 derrotas.
O treinador encerra a sua segunda passagem sendo o mais longevo do Fluminense no Século XXI. No último dia 21 de junho, ele chegou a 783 dias no cargo e superou Abel Braga, então primeiro colocado, que comandou o Tricolor de junho de 2011 a 29 de julho de 2013.
Apesar da grande identificação com o Fluminense e da conquista da Libertadores, Diniz vinha sendo criticado pela péssima campanha do clube no Brasileirão, onde é lanterna. Este é o pior início do clube na competição de pontos corridos.
Durante esta passagem pelo Fluminense, Fernando Diniz chegou a ser eleito o melhor técnico da América do Sul pelo jornal uruguaio "La Nación", na tradicional votação de "Rei da América". Ele desbancou nomes como Abel Ferreira, (Palmeiras), Lionel Scaloni (seleção da Argentina), Luis Zubeldía (ex-LDU e atualmente no São Paulo) e Marcelo Bielsa (seleção do Uruguai).
Diniz também chegou a comandar simultaneamente a Seleção Brasileira neste período, mas sem ter o mesmo sucesso: fez apenas seis jogos pela Seleção, com vitórias sobre Bolívia e Peru, empate com a Venezuela, derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina