RIO DE JANEIRO: A Polícia Civil do Rio tem uma nova diretriz para investigações sobre mortes de policiais durante operações em favelas. Por determinação do diretor da Divisão Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Ricardo, a teoria do domínio final do fato será usada para responsabilizar chefes do tráfico por cada um dos assassinatos de agentes de forças de segurança no estado. A medida já está sendo aplicada em investigações em curso.
— Não é só quem aperta o gatilho que tem que ser responsabilizado pelo assassinato do policial. O traficante só atira com o respaldo do chefe — afirma o delegado.
A medida também vai passar a valer para investigações de mortes em confronto com a polícia, os autos de resistência. Segundo Antônio Ricardo, se ficar provado que o policial atirou em legítima defesa, o chefe do tráfico da favela será indiciado pela tentativa de homicídio do agente de segurança.