No ano passado, empresa foi vencedora em 25 dos 26 lotes disponíveis para pagamento de novos benefícios leiloados
Com Informações do g1
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu preventivamente os contratos com a operadora financeira Crefisa após identificar irregularidades na prestação de serviços aos aposentados e pensionistas.
Segundo o instituto, a empresa é responsável pelo pagamento de 1,7 milhões dos 41 milhões de benefícios que o INSS paga hoje e, neste ano, de janeiro a agosto, recebeu R$ 25 milhões.
O despacho com a decisão foi publicado no "Diário Oficial da União" (DOU) nesta quinta-feira (21). A Crefisa venceu, no ano passado, o leilão da folha de pagamento, 25 dos 26 lotes disponíveis.
Em nota, o INSS informou identificou seis irregularidades na prestação de serviços.
Dificuldade ou impedimento no recebimento do benefício: registros de atrasos, recusas de pagamento e limitações para saque;
Coação para a abertura de conta corrente e venda casada de produtos;
Falta de estrutura adequada nas agências bancárias: filas extensas, ausência de caixas eletrônicos (ATMs) e inadequação do espaço físico;
Portabilidades indevidas e não autorizadas;
Falta de um sistema de triagem e emissão de senhas;
Falta de informações claras e atendimento inadequado.

O despacho que determinou a suspensão foi assinado pelo presidente do INSS, Gilberto Waller. A decisão justifica que a suspensão preventiva é "necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração".
O INSS também informou que a Crefisa é alvo de reiteradas reclamações em ofícios encaminhados por Procons, Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e manifestações dos beneficiários nos diversos canais da autarquia.
A suspensão preventiva afeta a concessão de novos benefícios e não atinge as aposentadorias e pensões de beneficiários que já vêm recebendo o benefício pela empresa.
No último dia 12, o INSS já havia suspendido os contratos com o Agibank por ter identificado irregularidades semelhantes.
A reportagem procurou a Crefisa, mas não recebeu retorno até a última atualização deste texto.