Vereador Bruno Pezão está preso na Casa de Custõdia Dalton Crespo de Castro
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e a Polícia Civil, pela 134ª Delegacia de Polícia (Campos dos Goytacazes), cumpriram, na manhã desta quarta-feira (18/09), nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados a seis pessoas investigadas em inquérito que apura o assassinato do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Morais, em julho deste ano, em Campos, no Norte Fluminense. Entre os alvos da operação Pleito Mortal, o vereador conhecido como Bruno Pezão foi preso e recolhido à Casa de Custódia Dalton Castro.
A ação conjunta do GAECO/MPRJ com a PCERJ contou com o apoio da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (SISPEN/SEAP-RJ). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes e foram cumpridos na Câmara de Vereadores, no comitê de campanha do candidato à reeleição, em Campos, na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), além de endereços nos bairros campistas de Parque Tamandaré, São Sebastião, Centro, Novo Jóquei e Vivendas do Coqueiro.
Investigações do GAECO/MPRJ e da Polícia Civil indicam que o crime teria motivação política. A vítima trabalhava como cabo eleitoral de um candidato que não tem o apoio da facção criminosa em atuação na localidade. A relação entre os investigados é apontada pelo GAECO/MPRJ em um episódio em que o candidato a vereador realiza um comício eleitoral, com a participação do líder do tráfico de drogas local através de videochamada originada do interior de uma prisão, com projeção de sua imagem em um telão para toda a comunidade.
De acordo com o GAECO/MPRJ, Aparecido Oliveira de Morais foi morto em 19 de julho de 2024, dentro de um carro, com dez disparos de arma de fogo