Evento realizado na escola municipal, conta com participação Hélvio Cordeiro, Sylvia Paes e o jornalista Wesley Machado
Por Mariane Pessanha / Foto Mauro Antônio (Divulgação)
Através do tema “A importância do dia 29 de Maio para Campos”, o historiador Hélvio Cordeiro abriu nesta quarta-feira (29) a programação da “Feira Literária Campos dos Goytacazes” na Escola Municipal Professora Olga Linhares Corrêa, no Calabouço. A subsecretária de Educação, Rita Abreu, participou do evento, representando a secretária da pasta, Tânia Alberto.
Rita ressaltou a importância de atividades extracurriculares para enriquecer ainda mais o processo de ensino-aprendizagem. “Quando a gente muda a rotina, oferece um dia diferente e uma programação diversificada acaba despertando o interesse deles. O que está acontecendo hoje aqui é uma riqueza cultural sem tamanho, uma aula de História realizada de forma leve e com a presença de grandes especialistas. Tudo isso é muito rico pois traz novos conhecimentos e um olhar diferenciado sobre o tema apresentado”, explicou a subsecretária.
Já Hélvio Cordeiro disse que o dia 29 de maio é muito importante para o município porque marca a elevação à categoria de Vila de São Salvador, antes de se tornar uma cidade. Para o historiador eventos como a feira são essenciais para que os jovens possam conhecer melhor o lugar onde vivem.
“É importante as escolas estarem sempre mantendo o conhecimento para seus alunos de nossas raízes, de nossa essência como cidadãos, e valorizar aquelas pessoas que lutaram no passado para que possamos ter hoje uma cidade nestes tempos atuais, com um futuro bem próspero e desenvolvido, para as atuais e futuras gerações”, ponderou.
À noite, a palestra foi ministrada pela historiadora e escritora, Sylvia Paes, que falou sobre o patrimônio cultural de Campos para alunos da Educação de Jovens e Adultos (Eja). Ela explicou que, como é um público adulto, com uma carga de experiência e um patrimônio já construído, foi basicamente uma roda de conversa.
“A ideia é fazer uma troca de conhecimentos patrimoniais, falando nas lembranças, na história, principalmente no patrimônio imaterial. O material é mais fácil de a gente identificar, mas o imaterial é aquele que quase sempre é mais afetivo. Então, é nesse ponto que a gente vai abordar. Claro que eu falo dos livrinhos também, da importância da Literatura e de trabalhar essa memória afetiva com as crianças, na construção das suas próprias memórias e de seu próprio patrimônio”, explicou Sylvia.
Gestora da unidade, Danielle Mothé, disse que essa é a primeira feira realizada na escola, pois, normalmente são realizadas ações menores e apenas para o público interno. Desta vez, os pais e a comunidade escolar também podem participar, visitando o espaço.
“A feira está sendo de uma riqueza muito grande. O trabalho foi todo feito pelos alunos com os professores. Foram muitas pesquisas, muito trabalho e estudo em sala de aula para chegarmos a esse resultado. O empenho dos alunos foi muito grande, eles se envolveram e fizeram o evento ficar ainda mais bonito e interessante do que eu imaginava. Estou muito orgulhosa deles e também dos professores. Foi um trabalho de muita união e não poderia ter ficado melhor”, acredita Danielle.
As amigas Ana Vitória Oliveira da Silva e Sara Vieira Andrade, ambas do 9º ano de escolaridade, disseram que aprenderam bastante com a feira e que o resultado foi muito positivo. Elas estavam atentas à palestra sobre o dia 29 de maio.
“Eu gostei muito. Descobri muita coisa interessante sobre a cidade que eu ainda não sabia”, disse Ana. Vitória acrescentou que a união de todos foi fundamental. “Eu já conhecia muita coisa sobre a história do município, mas hoje pude conhecer mais detalhes e me aprofundar nos conhecimentos. Achei muito interessante”, resumiu a aluna.