Angelo Martins Denicoli ocupava cargo de assessor especial na Prodesp, empresa pública de TI de São Paulo
Por O Globo/ Foto Reprodução
Dois dias após operação da Polícia Federal, no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito na gestão Bolsonaro, o governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas, aliado do ex-presidente, decidiu afastar da Prodesp, empresa pública de TI do estado, o major da reserva Angelo Martins Denicoli. Ele ocupava cargo de assessor especial na companhia. Segundo os investigadores, ele faria parte de um núcleo de "desinformação" do esquema.'Isso não é golpe': diz Bolsonaro sobre minuta com declaração de estado de sítio achada em sua sala na sede do PL
A Prodesp confirma o afastamento do funcionário de suas funções", informou a empresa pública à reportagem na manhã deste sábado (10).
Major da reserva do Exército e diretor do Ministério da Saúde na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, segundo a PF, Denicoli atuou na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas sobre o processo eleitoral. A Polícia Federal aponta sua interlocução com o argentino Fernando Cerimedo, responsável por uma live com ataques às urnas. Nesta quinta-feira, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão e teve o passaporte retido, assim como o ex-presidente.