Temas atuais discutidos no III Seminário de Tecnologias Digitais na Educação
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Publicado em 15/09/2023

O III Seminário de Tecnologias Digitais terá sequência nesta sexta-feira (15) na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf)

Por Redação Secom - Foto Wellington Rangel

O segundo dia do III Seminário de Tecnologias Digitais na Educação foi marcado por palestras no Teatro Municipal Trianon, nesta quinta-feira (14). A professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Roberta Santana Barroso, abriu a programação falando sobre "Como as Tecnologias Digitais Podem Influenciar os Processos Cognitivos".

 professora falou sobre as mudanças das novas gerações com novos hábitos, com um nível de exigência maior, com desejo de mais novidades e desejo de ser ouvido. "Entender essa nova geração é imprescindível para que possamos de fato ter um processo de ensino-aprendizagem eficiente. A educação tem que ter sentido e as competências digitais precisam ser inseridas", ressaltou.

Roberta lembrou ainda que a tecnologia sempre existiu, só evoluiu. Ela citou equipamentos como mimeógrafos, retroprojetores, que foram importantes em cada época.

"Temos que estar atentos a essas transformações. O ser humano tem uma inquietação de saber mais. As experiências são processadas pelo nosso cérebro e a cada experiência nosso cérebro expande e evolui. E o processo de aprendizagem segue essa engrenagem. A educação é a propulsora maior do nosso cérebro. E sem ela não há evolução da sociedade" explicou.

FAKE NEWS – No período da manhã foi aberto o painel com o tema "O impacto das Fake News na construção da cidadania e do conhecimento”. A mediadora foi a jornalista do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), Juliana Lima. Os convidados foram a professora doutora da Universidade Cândido Mendes, Bianca de Castro; o professor doutor da Uerj /ISE, Carlos Alexandre; o professor doutor da Uniflu, Heitor Benjamim; e a jornalista, Cláudia Eleonora Ribeiro Alves.

Claudia Eleonora falou sobre a importância de checar as informações antes de publicá-las. 

"Nossa preocupação é sempre verificar se a informação é verdadeira. Temos que ter esse cuidado, fazer campanhas para que as pessoas possam averiguar as informações antes de enviar em grupos ou disseminar informações falsas", falou a jornalista.

Para Heitor, as fake news trazem coesão em públicos que têm pensamentos semelhantes. A educação aumenta o repertório e isso ajuda as pessoas a identificarem fake news. "A maioria dessas pessoas sabe que a notícia é falsa e muitas vezes compartilham para ter mais engajamento", disse.

A professora Bianca ressaltou a questão do tempo e como os educadores podem criar consciência crítica nos alunos. "Eu fiz uma pesquisa com meus alunos e perguntei quanto tempos eles ficavam nas redes sociais e os conteúdos que consumiam. Muitos ficaram impressionados porque ficavam 6 horas. Isso é muito importante detectar e analisar junto com eles sobre as notícias que consomem e as prioridades do uso do tempo", ressaltou.

O professor Carlos Alexandre abordou a cidadania no campo político. "A gente sempre discutiu o limite da intervenção do estado nas escolhas individuais ou coletivas. Hoje, a discussão é sobre como os sistemas digitais intervém em nossas vidas. Nossos hábitos são modificados e muitos de nós somos escravizados, achando que somos livres. Há hoje informações que são produzidas de acordo com o eleitor. Ele é alvo de uma campanha individualizada, o que aumenta a polarização. E ele não escuta o outro lado. Os meios digitais poderiam ser algo positivo na política, mas não é porque acabou produzindo e disseminando mensagens falsas e de ódio", explicou.

O III Seminário de Tecnologias Digitais terá sequência nesta sexta-feira (15) na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Confira aqui a programação

 

 

 

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