PF deflagra operação Quarteto Fantasma no estado do Rio de Janeiro
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Publicado em 29/06/2023

As investigações indicam um desvio aproximado de R$ 1,5 milhão dos cofres públicos e um prejuízo evitado de cerca de R$ 6 milhões com a interrupção das fraudes contra o INSS.

Por Assessoria PF-RJ

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a operação Quarteto Fantasma com o objetivo de desarticular uma quadrilha de estelionatários especializada em dar golpes no INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.

Na ação de hoje, cerca de 30 policiais federais da Força-Tarefa da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da PF no RJ, cumprem cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em residências localizadas nos municípios de São João de Meriti/RJ e Três Rios/RJ.

No decorrer da investigação, que contou com o apoio do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária (NUINP-RJ), foi revelada a presença de uma organização criminosa envolvida em um grande esquema de fraudes contra o INSS, que coletava diversos benefícios previdenciários fraudulentos, em especial a pensão por morte e também aposentadoria. Para tal, a quadrilha valia-se do uso de documentos falsos.

O grupo criminoso atuava por meio da identificação e utilização fraudulenta de dados e cadastros de pessoas falecidas, com o fim de obter ilicitamente benefícios previdenciários do tipo pensão por morte. A partir disso, abria-se uma conta em um banco qualquer e, com o uso de documentos falsos, eram realizados empréstimos consignados no valor máximo permitido pelo banco em relação ao benefício.

Além de fraudar pensões por morte, a quadrilha também viabilizava concessões ilícitas de aposentadorias, através de uma modalidade de fraude denominada “contagem de tempo”, na qual incluía-se acréscimos indevidos de tempo para fins de aposentadoria.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso e organização criminosa. Se somadas, as penas podem alcançar até 26 anos e 8 meses de reclusão.

O nome escolhido para a operação - que não se confunde com o famoso grupo de super-heróis intitulado “Quarteto Fantástico” - diz respeito aos quatro principais membros atuantes da quadrilha desarticulada pela operação Quarteto Fantasma, os quais se utilizavam de dados cadastrados e documentos em nome de pessoas já falecidas para aplicar as fraudes.

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