Clube tem prazo para montar time, ter um presidente e aguarda desfecho de ação contra empreiteira
Por Arnaldo Garcia
Fotos Ronaldo Maciel e Divulgação
Os dias não tem sido fáceis para o Americano, que vive uma das piores crises de sua história: a pior pós Eduardo Viana. Com prazo para montar um elenco digno de suas tradições, há também outra urgência imperiosa, a de ter um nome para substituir o atual presidente, que deixará o cargo no dia 13 de maio, exatamente do dia da estreia na Série A2, diante do Olaria. Enquanto isso, aguarda o desfecho da ação judicial contra a empreiteira responsável pela construção do novo estádio Godofredo Cruz, que deveria ser entregue há 6 anos.
A boa notícia da semana é que, com muito esforço, o gerente de futebol, Luciano Portela, conseguiu o compromisso de 16 atletas para a formação do elenco, cuja a apresentação deverá ser no dia 10 de abril. “Vejo essa data como prazo máximo para se fazer uma boa preparação, para a estreia daí a 30 dias”, afirma o profissional. Mas a boa notícia nem pode ser comemorada , pois está existindo uma verdadeira guerra no mercado em busca de nomes ainda disponíveis e dentro dessa realidade pode haver mudanças. Até aqui estão “acertados” com o Alvinegro: 3 goleiros, 2 laterais direitos, 2 laterais esquerdos, 2 zagueiros, 2 volantes, 2 meias, 2 atacantes de lado e 1 atacante de centro.
Se em relação ao futebol houve evolução, por conta da atitude responsável do presidente Vagner Xavier, que cumprirá com dignidade o mandato até o último dia, o mesmo não se verifica no panorama eleitoral. Com o pleito marcado para o dia 16 de abril, e com prazo de inscrições é o próximo dia 6, ainda não nenhuma chapa inscrita e até as frenéticas especulações vistas antes da publicação do Edital de Convocação, em 16 de março, cessaram. “As eleições no Americano sempre foram assim, mas tínhamos a figura do Dr. Eduardo que resolvia tudo. Desta vez vejo com muita preocupação, pois temo pelo futuro do meu clube”, afirma um alvinegro antigo, com identificação preservada.
Com um atraso de 6 seis anos para entrega, e com várias promessas de finalização conforme aditivos aprovados por diretorias, o novo estádio Godofredo Cruz virou objeto de ação judicial do Americano com a empreiteira responsável pela obra. Anteriormente pensada, mas sem uma postura forte, por entendimentos de alguns dirigentes que preferiam a ponderação, essa ação pode ser apenas a precursora de outras. Nessa inicial, o clube cobra indenização por não cumprimento do contrato quanto à entrega, mas, poderá ocorrer outras ações.
Repercussão
“Dependendo do desenrolar dessa ação, o clube poderá ir muito além, pedindo indenização por danos morais, por exemplo”, lembra um advogado ao ser instado sobre o assunto. Um outro já discorda, alegando que em casos como esse a negociação até o último momento é o melhor caminho: “Eu não conheço a situação, não sei até que ponto se conversou e nem o grau de entendimento entre as partes, mas a conversação até à exaustão me parece ser a melhor saída.
Realidade
O fato é que as diretorias alvinegras sempre foram muito cobradas pelo torcedor por conta da entrega do novo Godofredo Cruz. Entretanto, nunca se falou em planejamento para a manutenção. O próprio calendário do clube é ruim para exploração da nova praça, que uma vez entregue carecerá de cuidados para não se deteriorar. Hoje, o clube tem um extremo gasto com o complexo administrativo e de hospedagem. A conta de energia elétrica que no início, em 2013, era de 16 mil reais foi reduzida à época, e a atual administração a reduziu ainda mais.
A empreiteira continua trabalhando na obra