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Desembargador federal é preso pela PF na 2ª fase da Operação Unha e Carne; Deputado é alvo de nova busca
Por Administrador
Publicado em 16/12/2025 11:11
Geral

Agentes saíram para cumprir 1 mandado de prisão e 10 de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Preso na 1ª etapa e solto pela Alerj, o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar é alvo de buscas nesta terça-feira

Com Informações do g1

O desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), foi preso nesta terça-feira (16) pela Polícia Federal (PF), na 2ª fase da Operação Unha e Carne, que investiga o vazamento de informações da Operação Zargun. Policiais prenderam Macário em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro.

O g1 apurou que Macário foi o magistrado que, em setembro, expediu o mandado de prisão do então deputado estadual TH Joias na operação.

De acordo com o blog do jornalista Octavio Guedes, a Polícia Federal tem indícios de que o desembargador ajudou a vazar a ação contra TH. Uma fonte da PF ouvida pelo blog diz que Macário estava em um restaurante com o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), quando esse ligou para TH Joias para avisá-lo da operação.

No celular de Bacellar, os investigadores também encontraram trocas de mensagens entre ele e o Macário, que embasaram a operação.

Agentes saíram para cumprir, no total, 1 mandado de prisão e 10 de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Preso na 1ª etapa e solto pelo plenário da Alerj, Rodrigo Bacellar é alvo de buscas nesta terça. Também há mandados de buscas no Espírito Santo.

Bacellar está licenciado do cargo de deputado estadual. Ele foi afastado da presidência da Casa por Moraes, mas ainda poderia exercer seu mandato. No entanto, ele pediu licença do cargo um dia após ser solto.

Segundo o blog de Camila Bomfim, esta não é a primeira vez que Macário entra na mira da Justiça por irregularidades no exercício do cargo. Ele ficou quase 18 anos afastado por decisão do próprio tribunal.

Ao g1, o advogado Fernando Augusto Fernandes, responsável pela defesa do desembargador, afirmou que “o ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a medida extrema da prisão”.

Segundo Fernandes, a defesa ainda não teve acesso à cópia da decisão que decretou a prisão de Macário, o que, segundo ele, “impede o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa”.

O comunicado conclui informando que a defesa apresentará os esclarecimentos nos autos e solicitará a imediata soltura do desembargador.

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