Reunião entre o projeto e a Gerência de Diversidade e Inclusão da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) aconteceu nesta quinta (11), no Palácio da Cultura
Por Jorge Rocha e Carlos Grevy, da Secom Campos
Uma reunião entre o projeto AdolesCer com o Cinema e a Gerência de Diversidade e Inclusão da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) aconteceu nesta quinta (11), no Palácio da Cultura, para firmar parcerias voltadas para a Educação do Campo, apresentar os resultados das ações já realizadas e discutir formas de ampliar a circulação dos filmes produzidos por estudantes das escolas do interior. Durante o encontro foram exibidos trechos das produções para ilustrar a proposta pedagógica e também foram debatidas possibilidades de exibição e atividades formativas para 2026.
A abertura e a mediação ficaram sob responsabilidade de Sílvia Teixeira, coordenadora de Serviço Social da Seduct. Sílvia destacou que o projeto é realizado em parceria com a Gerência de Produção de Conteúdos Educacionais Digitais da Seduct, responsável pelo apoio técnico nas oficinas e na edição dos materiais. Em sua fala, ela ressaltou o papel da escola na formação cidadã ao afirmar que “a escola precisa ser um espaço de escuta e de construção de saberes, e o cinema coloca as experiências do campo em evidência”.
A assistente social Carolina de Cássia, responsável pelo projeto, apresentou o histórico das oficinas, descreveu as etapas de produção e apontou os resultados observados entre os alunos participantes. Carolina explicou que os filmes funcionam como ferramenta pedagógica e como espaço de escuta das vivências locais, destacando ainda o propósito de valorizar a identidade regional. O articulador pedagógico das Políticas de Educação do Campo na Seduct, Marcelo Cavalcante, avaliou o projeto como um instrumento para preservar memórias e ampliar horizontes dos jovens autores. Marcelo citou produções já exibidas como exemplos do trabalho com identidade e pertencimento e declarou que “o AdolesCer com o Cinema ajuda os estudantes a reconhecerem sua história e a projetarem possibilidades para o futuro”.

Diego Henrique Nascimento, gerente de Diversidade e Inclusão da Seduct, apontou as articulações possíveis entre o projeto e outras ações educacionais, abordando possibilidades de levar exibição dos filmes para outras escolas que atuem com Educação do Campo. Ele propôs ainda que estas exibições sejam acompanhadas por rodas de conversa e materiais de apoio para fomentar o diálogo sobre raça, classe e gênero, três pilares sobre os quais o projeto se sustenta. Diego comentou que “levar os filmes para escolas e eventos cria oportunidades de interação entre comunidade, educadores e profissionais e potencializa o impacto das narrativas produzidas pelos alunos”.
Entre as produções realizadas pelo projeto estão “Do outro lado do rio”, da Escola Municipal Antônio Joaquim Codeço, “Somos descendentes delas”, da Escola Municipal Alcebíades Candidato, “Sabedoria de pescador”, “Descobertas de criança”, “Linda lagoa feia” e “Quanto vale um sonho”, da Escola Municipal José de Azevedo, além de “Era uma vez um lugar chamado Murundu” e “O lugar mais bonito do mundo”, da Escola Municipal Isabel Maria Polônio Tavares, e “Vamos contar nossa história”, da Escola Municipal Santa Barbara, que seguem em fase de edição. Os trechos mostrados serviram para exemplificar a diversidade de temas e as formas narrativas trabalhadas nas oficinas