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Empresários do Norte Fluminense debatem panorama do mercado de trabalho no RJ
Por Administrador
Publicado em 16/09/2025 19:20
Geral

Dados foram apresentados na Firjan durante reunião de Conselho

 

Por Ascom Firjan

 

O mercado de trabalho foi o tema central debatido na reunião do Conselho Empresarial da Firjan Norte Fluminense, na quarta-feira, dia 4/9. Os dados apresentados pela Gerência de Estudos Econômicos da Firjan apontam um cenário de recuperação, porém, desafiador. Apesar de terem sido gerados mais de 66 mil empregos formais em todo o estado do Rio em 2025, o resultado acumulado do ano é 35% inferior em relação ao mesmo período do ano passado.

 

No Norte Fluminense, foram geradas mais de 10 mil vagas, 25% superior ao mesmo período do ano passado, com destaque para a aceleração da indústria extrativa. No entanto, mudanças recentes no padrão de comportamento do trabalhador demandam atenção das empresas. Para o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira, o cenário exige atenção. “Os dados mostram que algumas reflexões precisam ser feitas, para além de questões como a necessidade de reavaliação de políticas públicas. O perfil do trabalhador mudou e a indústria precisa acompanhar a evolução sem perder o foco em produtividade”, pontuou.

 

Nos últimos anos, reclamações dos empresários quanto à falta ou alto custo de mão de obra atingiram seus maiores patamares, sendo uns dos principais problemas para a indústria no estado e na região Norte. Outros itens registrados são: competição desleal (38,5%); elevada Carga Tributária (32,8%); taxa de juros elevadas (28,5%); e Demanda interna insuficiente (23,1%). 

 

Durante a apresentação, também foi destacado que o número de trabalhadores que atuam em aplicativos de entrega e transporte no Rio de Janeiro triplicou entre 2013 e 2025.

 

Intitulado de 'plataformização', o fenômeno apontado no estudo mostra que o perfil dos trabalhadores que atuam em aplicativos coincide fortemente com o principal perfil de empregados da indústria. “Cerca de 95% são do sexo masculino, com escolaridade até o Ensino Médio e 65% têm entre 25 e 49 anos. O salário desses trabalhadores autônomos acentua a competitividade por mão de obra. Os dados apontam questões multifatoriais e, para garantir competitividade, é necessário às empresas adaptar-se às novas expectativas, investir em qualificação e repensar modelos de trabalho”, avalia Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

 

Membro do Conselho da Firjan Norte, Wanderson Primo, gerente de Responsabilidade Social do Porto do Açu, destacou a necessidade de ampliar a cultura tecnicista. “Os jovens que ingressam atualmente no mercado de trabalho têm outra visão, então seria interessante incentivar ainda mais a realização de cursos técnicos para que eles também tenham novas perspectivas”, analisou Wanderson, lembrando a parceria que a Porto do Açu mantém com a Firjan SENAI na realização de cursos técnicos e de qualificação profissional.

 

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