Clube anuncia parceria com o Botafogo
Da Redação Via 5
Agosto foi o mês em que a bola rolou com estilo na Academia Campista de Letras (ACL), durante o Ciclo de Conferências Folha Seca - Memórias do Futebol Campista, concluído esta semana pela ACL, que reuniu jornalistas, escritores, pesquisadores, jogadores, dirigentes e torcedores do Americano, Goytacaz, Rio Branco e Campos Atlético para contar a cada semana a história e as histórias das quatro principais agremiações.
O Rio Branco foi o último a ser focalizado com histórias afetivas emocionantes pelas vozes de ex-atletas como o atacante Veneno e o meia Ricardo Sales.
"Eu estou aqui muito emocionado ao contar esses lances e essas histórias que me me fizeram muito feliz e deram tantas alegrias a este clube que eu tanto amo", disse Veneno, que veio à ACL acompanhado de familiares como os irmãos Norival, Rival e filhos, assim como recortes de jornais sobre seus feitos à época nos gramados.
Colunista da Folha da Manhã, o radialista Arnaldo Garcia ressaltou o sentimento que aflora nos riobranquenses e torcedores de outros clubes que estiveram nas rodadas de conversa.
"O futebol de Campos ultimamente carece de dirigentes que estejam na linha de frente dos nossos clubes. Mas quando eu vejo esse sentimento, essas lembranças afetivas e manifestações de amor pelas nossas agremiações, algo que vem do fundo do coração e da alma, eu me permito sonhar com uma virada de página".

Ao lado do pesquisador João Pimentel, riobranquense e sócio do clube, o presidente Edson Júnior destacou que o Rio Branco não está parado, e sim vivendo a sua realidade, se adaptando aos novos tempos e anunciou uma novidade:
"O Rio Branco, que já tem uma parceria com o Atlético Mineiro, acaba de fechar com o Botafogo um acordo para montar um grande núcleo alvinegro em Campos. Nós queremos resgatar a nossa tradição de revelar atletas, e para isso buscamos muito esse acerto, e conseguimos. Essa é uma informação em primeira mão aqui e aproveito para agradecer essa oportunidade dada ao nosso clube, e esse tipo de encontro deveria acontecer mais vezes, porque a história do nosso futebol precisa ser contada, porque nós jovens estaremos conhecendo e aprendendo cada vez mais".
O jornalista e radialista Paulo Renato Porto realçou o papel da ACL ao abrir espaço para uma manifestação popular tão significativa para a vida brasileira.
"O futebol é um fenômeno que projetou o Brasil internacionalmente, a partir das Copas de 1958 e 1962. O brasileiro era um povo macambúzio, que se sentia inferior, até mesmo diante dos argentinos. Havia o que Nelson Rodrigues denominou de complexo de vira-lata. As conquistas na Suécia e no Chile levaram o povo a ver o País com outros olhos e outro ânimo".
Porto lembrou ainda que dois campistas tiveram o privilégio de entrar para a história como protagonistas destas páginas históricas de tamanha importância para a vida brasileira.
"Em 1958, Did foi eleito pela crônica internacional o maior jogador daquele Mundial, carregando para si todos os adjetivos imagináveis. Quatro anos depois, no Chile, quis o destino que Amarildo viesse substituir um lesionado Pelé, assumindo a responsabilidade com brilho, galhardia e personalidade. E com gols decisivos. Então, o campista deve, sim, se ufanar por sua relevante contribuição ao futebol brasileiro", concluiu.
Ao evento compareceram ainda o ex-jogador e pesquisador Maguinho; o jornalista Matheus Berriel; o vice-presidente do Goytacaz, Leandro Nunes; o presidente do Rio Branco, Edson Junior; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, João Pimentel; o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Americano, Rider Gonçalves; e o conselheiro do Americano, Marcos Luciano, entre outros, recepcionados pelo vice-presidente da ACL, Welington Cordeiro.