Segundo a especialista, o tempo mais seco do inverno e a tendência de manter ambientes fechados facilitam a circulação de vírus e bactérias.
Por Igor Azeredo e César Ferreira, da Secom Campos
Com a chegada do inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias entre as crianças, que são mais vulneráveis a infecções como gripes, bronquiolite, sinusite e até pneumonia. Para orientar os pais e responsáveis, a médica pediatra e coordenadora médica geral do Hospital Geral de Guarus (HGG), Patrícia Gama, destacou medidas importantes de prevenção, identificação de sinais de alerta e cuidados com o ambiente doméstico.
Segundo a especialista, o tempo mais seco do inverno e a tendência de manter ambientes fechados facilitam a circulação de vírus e bactérias. Por isso, a atenção deve ser redobrada. “Nessa época, aumentam os casos de sintomas gripais, rinite, sinusite, otite, bronquiolite e até pneumonia. Com prevenção, cuidado com o ambiente e atenção aos sinais de alerta, é possível proteger nossas crianças”, destacou.
A médica reforça que, no início, os sintomas gripais podem se confundir com quadros mais leves, mas alguns sinais exigem atenção imediata. “A febre persistente por mais de 48 horas, a criança prostrada, com letargia, sem aceitar bem alimentação ou hidratação, são alertas importantes. Além disso, em crianças menores, o batimento das narinas — que indica esforço respiratório — também é sinal de gravidade. Nesses casos, os pais devem procurar atendimento de emergência o quanto antes”, orienta.

Dentro de casa, medidas simples ajudam a manter o ambiente mais saudável e reduzir o risco de crises respiratórias. “É essencial manter os ambientes bem arejados, com janelas e portas abertas sempre que possível. Evitar produtos de limpeza com cheiro muito forte e manter o local livre de poeira, sem tapetes, cortinas pesadas ou bichos de pelúcia, também faz diferença”, explica Patrícia.
Sobre o vestuário das crianças, especialmente durante o inverno, a médica orienta que o agasalho deve ser equilibrado. “Manter os pés aquecidos com meias, por exemplo, é importante para o conforto térmico da criança. Mas também é preciso evitar o superaquecimento. A dica que damos às mães é vestir em camadas, como uma cebola. Assim, é possível ajustar a quantidade de roupas conforme a variação de temperatura ao longo do dia”, destaca.
Por fim, Patricia explica que a vacinação continua sendo uma das formas mais eficazes de proteção. “As vacinas ajudam muito, em qualquer período do ano. As vacinas da gripe, então, são muito importantes porque evitam as formas mais graves da doença. Elas ajudam a prevenir internações mais sérias”, concluiu Patrícia.