Lamentando a morte de Alberto Leguelé, Flamengo decide com o Botafogo a Super Copa Rei, em Belém
Publicado em 02/02/2025 14:42
Esportes

Decisão dá a largada na luta dos dois gigantes por títulos neste ano 

Por O Dia / Fotos Gilvan de Souza (CRF) e Vitor Silva (BFR)

O clássico entre Botafogo e Flamengo volta a ter uma partida valendo título após um longo hiato de 15 anos. A decisão da Supercopa Rei, encontro entre os campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil de 2024, no domingo (2) às 16h (de Brasília), no Mangueirão, em Belém (PA), marcará o retorno em grande estilo de uma rivalidade que teve seu ápice justamente no período da última final.

Naquele ano de 2010, alvinegros e rubro-negros chegavam à quarta decisão seguida de Campeonato Carioca, em duelos que ficaram marcados por polêmicas, pênaltis decisivos e provocações. Anos antes, houve títulos marcantes e atuações que ficaram para a história.

Entretanto, a disputa por conquistas arrefeceu recentemente e os dois grandes momentos desde então foram em outra competição nacional: a Copa do Brasil, com uma semifinal em 2017 e uma quartas de final em 2013, ambas vencidas pelo Flamengo.

As outras decisões de Botafogo x Flamengo

A Supercopa, aliás, será a segunda disputa nacional entre os dois rivais. A primeira foi o Campeonato Brasileiro de 1992, também vencido pelo Rubro-Negro, que leva vantagem de oito títulos no confronto.

Os outros foram três cariocas (2007, 2008 e 2009), duas Taças Guanabara (1995 e 2008) e duas Taças Rios (1991 e 2009).

Já o Botafogo levou a melhor quatro vezes: dois cariocas (1962 e 1989), uma Taça Guanabara (1968) um taça Rio (2010).

Atuações marcantes de Garrincha e Romário

A primeira disputa direta por um título foi no Carioca de 1962, em uma competição de pontos corridos que reservou para a última rodada o confronto decisivo. O Flamengo era o líder e tinha a vantagem do empate, mas sucumbiu à genialidade de Garrincha.

No que é considerado por muitos a maior atuação do Anjo das Pernas Tortas, autor de três gols, o Botafogo venceu no Maracanã por 3 a 0.

Muitas décadas depois, em 1995, outro hat-trick marcou uma final entre os dois rivais. Desta vez quem se deu melhor foi o Rubro-Negro, que tinha Romário, então o melhor do mundo, para marcar três vezes na vitória por 3 a 2.

O gol que garantiu o único título no ano do centenário do Flamengo ficou para a história, devido à falha do zagueiro Márcio Theodoro, já no fim, entregando a bola para o Baixinho.

O fim do jejum e o troco no Brasileiro

Depois da década de 60, o clássico voltou a decidir o Campeonato Carioca em 1989, no histórico gol de Maurício. O 1 a 0 deu o fim a um longo jejum de 21 anos sem título do Glorioso, tornando o atacante um de seus grandes ídolos.

Três anos depois, em 1992, a decisão do Brasileiro coroou Júnior e garantiu, na teoria, a Taça das Bolinhas ao Rubro-Negro, pelo penta. Mas aquele confronto ficou marcado também por uma polêmica e uma tragédia.

Após o primeiro jogo, com vitória rubro-negra por 3 a 0, Renato Gaúcho, então jogador do Botafogo, organizou um churrasco com Gaúcho, atacante adversário. Com cobertura da TV e direito a dar carne na boca do amigo.

A cena gerou revolta entre os torcedores e o então presidente do clube, Emil Pinheiro, baniu Renato, que ficou fora do segundo jogo e nunca mais foi perdoado pelos alvinegros.

No 2 a 2 que garantiu o título ao Flamengo, a festa ficou manchada pela queda de torcedores após uma proteção da arquibancada do Maracanã ceder, matando três pessoas e ferindo outras 90 que caíram de altura de 7 metros.

Polêmica de 2007

Entre 2007 e 2010, foram seis finais entre rubro-negros e alvinegros, entre Carioca e Taças Guanabara e Rio. Algumas marcantes e que aumentaram a rivalidade por causa de erros da arbitragem, provocações e dos três vices seguidos do Glorioso.

Em 2007, o Estadual só conheceu seu campeão nos pênaltis, com brilho do goleiro Bruno. Mas o jogo ficou marcado por uma falha da arbitragem que anulou gol legal - que seria da conquista - de Dodô, aos 43 minutos do segundo tempo. O atacante ainda foi expulso por ter chutado a bola.

Posteriormente, o árbitro Djalma Beltrami e o auxiliar Hilton Moutinho admitiram o erro na marcação de impedimento. O problema é que o lance ficou guardado e teria repercussão um ano depois.

A finais nos anos 2000 têm 'chororô' e cavadinha

Após perder a Taça Guanabara de 2008, jogadores do Botafogo e o técnico Cuca deram uma coletiva em, que reclamaram de mais um erro erro da arbitragem contra, desta vez de Marcelo de Lima Henrique, no pênalti de Ferrero em Fábio Luciano. Alguns deles choraram, o que ficou conhecido pelos rivais como "chororô" e virou provocação que segue até hoje.

Após a perda de novo na final de 2009, o Glorioso enfim deu o troco em 2010. E com estilo graças a uma cavadinha histórica de Loco Abreu, garantindo o 2 a 1 na Taça Rio - Jefferson ainda pegou pênalti de Adriano. Por também ter levado o primeiro turno, sagrou-se campeão carioca.

Morte de Alberto Leguelé

Flamengo foi às redes sociais lamentar a morte de Alberto Leguelé, no sábado (1), aos 71 anos. O ex-meia teve uma rápida passagem pelo Rubro-Negro em 1978 e foi campeão carioca daquele ano.

O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento do ex-jogador Alberto Leguelé. Muita força aos familiares e amigos neste momento tão triste", diz a postagem do clube.

 

O baiano Alberto Raimundo Marques foi revelado pelo Bahia, clube onde fez história e se tornou ídolo, com a conquista de seis estaduais. Ele também defendeu a seleção brasileira olímpica, na edição de Monteral-1976.

 

Dois anos depois, estreou pelo Flamengo, em 3 de setembro de 1978, na goleada por 6 a 0 sobre o São Cristóvão. Ao todo ele disputou 15 partidas e ficou por pouco mais de três meses, até deixar o clube no fim daquele ano.

lém de Flamengo e Bahia, Alberto Leguelé também jogou por ASA, Vitória, CSA, Nacional-AM, Alecrim e Fast.

 

 

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