Salários dos dois municípios são reflexo dos alavancadores da economia de cada um
Por Paulo Renato Porto, Especial para Rádio Via 5
A média salarial dos trabalhadores em empregos formais nos municípios de Macaé e São João da Barra é a maior do Estado do Rio de Janeiro e supera a remuneração média da maioria das cidades brasileiras, de acordo com dados divulgados pelo IBGE com base no Censo 2022. A média dos salários dos trabalhadores formais de Macaé chega a 5,8 salários mínimos, seguido de São João da Barra, cuja média salarial é de 4,6 salários. O patamar da média salarial mensal nas duas cidades da região é superior a de municípios maiores, mais ricos e com economias diversificadas, casos do Rio de Janeiro (média de 3,9 salários mínimos) e Niterói (3, 0 salários).
Os salários pagos em Macaé refletem a remuneração dos trabalhadores das empresas ligadas a indústria do petróleo e do gás. Em São João da Barra, a massa salarial é impactada positivamente pelo Porto do Açu.
Município que tem sua base econômica no setor de serviços, Campos, por sua vez, tem uma média salarial nos empregos formais de 2,2 salários mínimos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Macaé, Rodrigo Vianna, destaca que essa média salarial retrata a potência e a força do mercado de óleo, gás e energia como um todo no município.
“É um indicador que o governo municipal tem se mantido sempre atento, até mesmo porque, apesar de ser uma média, não reflete o salário padrão de todos os trabalhadores da cidade, mas uma maior concentração de renda de um setor em especial. Por isso mesmo, requer uma análise criteriosa e o desenvolvimento de políticas públicas para absorção da mão de obra local e a consolidação de um ambiente seguro de negócios para diferentes vertentes da economia”, afirmou.
Já o superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu, destaca que as atividades do petróleo, gás e logística com o Complexo do Açu tem contribuído para impactar a economia dos municípios da região.
"Hoje não podemos falar unicamente na indústria de petróleo e gás. A região Norte Fluminense, após a implantação e funcionamento do Complexo Portuário do Açu, em São João da Barra, vem tendo alterações positivas constantes em diversas áreas. Reflexo direto nas receitas municipais tanto de São João da Barra, como de Campos dos Goytacazes, que vivem um 'boom' imobiliário e de serviços agregados, se estendendo a empresas de Macaé e aquecendo também a região Noroeste”, afirmou.
“São frentes abertas para o setor primário, secundário e terciário que geram empregos, movimentam a economia local e regional, impactam no PIB do Estado e dos respectivos municípios e abrem um leque de oportunidades para qualificação dos trabalhadores atuais e das novas gerações. Os dados apurados pelo IBGE em seu último Censo refletem o impacto econômico gerado por toda essa movimentação descrita. O que nos compete como administração municipal, é auxiliar a Prefeita Carla Caputi a buscar ampliar em todos os aspectos e frentes possíveis, para que São João da Barra, possa se aproveitar ao máximo este desenvolvimento e gerar mais empregos e benefícios a população, comércio e empreendedores locais", finalizou Wellington Abreu.