Outra mudança de comportamento em um ano eleitoral é a preferência de votações simbólicas, sem contagem de votos, em matérias polêmicas - dessa forma, não há o que se chama de "digital" dos deputados, que muitas vezes não querem se comprometer com o eleitorado. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o projeto que taxou as compras internacionais de até 50 dólares.
Além disso, de olho no pleito, os parlamentares modificaram as regras para as emendas parlamentares - com mais recursos e mais amarras ao governo federal.
Por exemplo, a imposição de um calendário de pagamento desses recursos até o meio do ano, visando o aceno às suas bases eleitorais. Ainda que o governo tenha vetado o calendário na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na prática, teve que cumprir um cronograma estabelecido pelos parlamentares.
Entre os deputados que confirmaram a candidatura, 14 são do PT, 10 do PL, 9 do União Brasil e 6 do MDB.
Eles devem concorrer em 53 municípios, já que um mesmo município pode ter mais de um candidato deputado. Isso significa que há um potencial de dança das cadeiras em 10% da composição da Câmara dos Deputados.
Em São Paulo, por exemplo, os deputado Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União) pretendem concorrer à prefeitura. Neste último, ainda não há certeza sobre o apoio da sigla, uma vez que o União Brasil já sinalizou que pode apoiar a reeleição de Ricardo Nunes.
Na capital do Rio de Janeiro, outros três deputados devem concorrer: Delegado Ramagem (PL), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP)
Em Belo Horizonte, duas candidaturas da base governista e do campo progressista devem se confirmar: a do deputado Rogério Correia (PT) e da deputada Duda Salabert (PDT).
Em Natal, por exemplo, os deputados Natália Bonavides (PT) e Paulinho Freire (União) também devem disputar.