Município ganhou dois painéis de sinalização do Geoparque, na RJ-238 e na RJ-216, próximo ao posto do BPRv
Por Fernanda Moraes e César Ferreira, da Secom Campos
O município de Campos passou a integrar o Geoparque Costões e Lagunas do Estado do Rio de Janeiro. O projeto tem a coordenação científica da professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Maria da Glória Alves, e parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), visando à conservação e promoção dos Geoparques, que são áreas de beleza natural e riqueza geocientífica. No litoral Norte e Leste do estado do Rio, ele abrange áreas em 16 cidades. A coordenadora geral do projeto é a doutora em Geologia pela UFRJ, Kátia Leite Mansur.
Nesta segunda-feira (20), Campos ganhou dois painéis de sinalização do Geoparque. As placas foram instaladas pela equipe do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ), também parceiro do projeto, na RJ-238 (Rodovia José Carlos Vieira Barbosa), que dá acesso à Estrada dos Ceramistas, e na RJ-216 (Campos/Farol), próximo ao posto do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv). Seu objetivo é educar moradores e visitantes sobre a importância e os limites do Geoparque, além de facilitar o acesso seguro aos pontos de interesse.
Acompanharam a instalação dos painéis a secretária e o subsecretário municipal de Turismo, Patrícia Cordeiro e Edvar Junior, respectivamente, além da professora Maria da Glória; da técnica de Geoprocessamento da Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente, Miriam Viana Alves, e o coordenador de Planejamento Regional do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), Sammyr Pinho.
“Há mais de 10 anos que a gente vem trabalhando nesse projeto, que começou a ser desenvolvido pela UFRJ, mas tem a Uenf como parceira direta desde o início. O Geoparque é uma região geográfica, onde você tem uma geologia com importância internacional. E a gente tem isso aqui, em nossa região. No Morro do Itaoca, por exemplo, temos rochas com 480 milhões de anos, além do Rio Paraíba do Sul que desaguava na Lagoa Feia e agora está em Atafona”, disse a professora Maria da Glória.
Segundo ela, com o reconhecimento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o projeto, que antes era Geoparque, passou a ser Geoparque Costões e Lagunas Aspirante. “Em novembro do ano passado enviamos um dossiê para a Unesco, apontando as belezas naturais e riquezas geocientíficas da nossa região, onde incluímos a Baixada Campista, com a evolução da cana-de-açúcar, e, em março deste ano, nos informaram que o projeto havia sido aprovado. Em julho deste ano, uma equipe virá à região para avaliar de perto o Aspirante Geoparque e conferir as informações que enviamos no dossiê”, acrescentou a professora, ainda informando que a data da vinda da equipe da Unesco, que deverá passar por Campos, ainda não foi definida.
Além de Campos, o Geoparque Costões e Lagunas abrange os municípios de Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Carapebus, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Macaé, Maricá, Quissamã, Rio das Ostras, São Francisco de Itabapoana (SFI), São João da Barra (SJB), São Pedro da Aldeia e Saquarema. Nesta terça-feira (21), os municípios de Quissamã, Carapebus e Macaé receberão os painéis de sinalização. Se chancelado pela Unesco, o Geoparque Costões e Lagunas ganhará reconhecimento internacional, valorizando o turismo e a economia local.
A secretária de Turismo, Patrícia Cordeiro, ressaltou a importância de Campos passar a integrar o Geoparque. “É uma pesquisa de mais de 10 anos que está culminando com o momento de maturidade da consciência do nosso potencial turístico, que é forte. As coisas estão acontecendo de forma concomitante e eu costumo dizer que a gente está no tempo certo. Um processo para ser de forma madura, para ser feito pensado de forma sustentável, de forma responsável ao projeto turístico, tem que ter esse período de maturação mesmo, e a gente está vivendo exatamente esse período de maturação, de compreensão da importância que temos dentro do ecossistema mundial, com esse reconhecimento da Unesco”, disse Patrícia.