Alerj: Frente Parlamentar lança manifesto em defesa das indústrias naval e petróleo e gás
Economia, Negócios e Desenvolvimento
Publicado em 26/03/2024

Petrobras afirmou que aumentará vagas de emprego no Polo Gaslub, em Itaboraí.

Por Ascom Alerj

A Frente Parlamentar de Acompanhamento da Instalação do Polo Gaslub, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), lançou, nesta segunda-feira (25/03), à noite, o Manifesto em Defesa das Indústrias Naval e de Petróleo e Gás fluminenses. Além da frente, o documento é assinado por sindicatos, entidades representativas das categorias e pela Frente Nacional em Defesa da Indústria Naval, da Câmara dos Deputados. O ato aconteceu na Sala Nelson Pereira dos Santos, em Niterói.

A coordenadora da frente da Alerj, deputada Verônica Lima (PT), explicou que o documento será encaminhado aos governos Estadual e Federal e a outras esferas do poder. A parlamentar comentou que, recentemente, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para defender investimentos nas indústrias fluminenses de modo a reaquecer o setor e restaurar as vagas de emprego.

"A gente tem construído uma agenda muito potente e a frente já conseguiu avançar muito. Esse manifesto é importante para a gente destacar os pontos que o movimento sindical e as entidades de classe desejam que mudem na legislação. O que queremos, objetivamente, são os empregos para o estado do Rio. Com o afretamento de embarcações, há muitos navios de bandeira estrangeira aqui, com tripulações sem nenhum brasileiro, sendo que nós temos mão de obra qualificada", disse a coordenadora.

Durante o evento, a Petrobras salientou que as obras do Polo Gaslub, em Itaboraí, atualmente geram aproximadamente cinco mil empregos diretos e outros mil indiretos. O gerente executivo de Responsabilidade Social da estatal, José Maria Rangel, afirmou que, em até dois anos, a expectativa é que este número ultrapasse os 10 mil. Além disso, a região contará com um projeto de qualificação de mão de obra.

"O papel que a Petrobras representa no nosso estado é muito significativo tanto na retomada da indústria naval quanto da obra do Gaslub. Teremos, no pico da obra, algo em torno de 10 mil pessoas. Além disso, estamos colocando em prática um projeto de qualificação de mão de obra na região para receber até 20 mil pessoas", sublinhou Rangel.

Indústria naval em Niterói

O prefeito de Niterói, Axel Grael, explicou que, com o afretamento, o Brasil acaba exportando empregos para o exterior. Grael aposta na obra de dragagem do Canal São Lourenço, onde estão instalados vários dos estaleiros da cidade, para reaquecer a indústria naval do município.

"Niterói tem um vínculo muito forte com a atividade naval. Infelizmente nós vimos, nos últimos anos, o setor perder vagas de emprego e sua capacidade instalada. O cluster naval envolve toda uma cadeia produtiva de fornecedores e serviços. Em abril, iniciaremos a dragagem do Canal de São Lourenço para aumentar a competitividade dos nossos estaleiros para atividades de reparo ou construção", afirmou o prefeito.

Por sua vez, o secretário interino de estado de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto, enfatizou a importância do setor para o Rio de Janeiro. Entre as ações realizadas pelo governo estadual para fomentar a retomada da indústria naval, Peixoto citou a remoção de embarcações abandonadas.

"O papel do Governo do Estado é juntar iniciativas das Prefeituras, da Petrobras e conversar com o setor econômico para ver quais são os gargalos de licenciamento e a possibilidade de conceder incentivos fiscais. Também retiramos várias embarcações abandonadas, que é um passivo ambiental gigantesco, e continuaremos com este trabalho firmando parcerias", pontuou.

Também estiveram presentes na audiência o deputado Vinicius Cozzolino (União); o deputado federal Dimas Gadelha (PT-RJ); representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Transpetro, de sindicatos e de entidades representativas; além de vereadores e secretários municipais.

 

 

Comentários