Entre os nomes, há debutantes e figuras já testadas e conhecidas do eleitor
Por Arnaldo Garcia / Fotos Redes Sociais (Divulgação)
Sete números com possibilidade de mudanças mais à frente: 11, 13, 15, 19, 22, 25 e 70. Não se trata de palpite para a Mega-Sena da Virada, principal produto lotérico da Caixa Econômica Federal, mas dos números dos partidos dos pré-candidatos ao Paço Municipal fidelense nas eleições de outubro do ano que vem. Se as sete candidaturas forem confirmadas o número será recorde na história eleitoral do município, que teve 75,64% (24.153) de eleitores comparecendo às urnas no pleito de 2022. Desse quantitativo, 4,40% (1.062) anularam ou votaram em branco. Pela primeira vez, o município terá uma candidatura majoritária feminina no próximo ano.
Como ainda há mais quatro meses para a troca de partidos, essa reportagem se baseou nas últimas eleições e no quadro de fusão e incorporação de partidos. Há de se observar ainda que esses candidatos devem ficar fora do espectro da federação, uma ferramenta que substituiu as coligações partidárias. Ou seja, quem está num partido que compõe uma federação terá que decidir se compõe ou se muda para ser o candidato. Mas, vamos lá:
O anúncio da pré-candidatura da ex-secretária de assistência social Leyla Macedo passou a ser uma novidade para o pleito do ano que vem. Primeiro pelo ineditismo, e segundo pelo forte discurso de alguém com experiência na administração pública, num momento em que muito se fala em empoderamento feminino. Ainda vale lembrar que municípios da região são extremamente bem administrados por mulheres, como Cardoso Moreira, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e Quissamã. A candidatura feminina com o 13 tentará quebrar um tabu partidário em São Fidélis.
A Leila é uma pré-candidada debutante, mas não está sozinha nessa raia. Também pretende ter o nome confirmado nas eleições do ano que vem o empresário Jairo Aquino, que usará o 70 do Avante. Jairo já teria até uma pré-candidata à vice-prefeita, Cláudia Abreu.
Pré-candidato oficial, José William, ex-vereador e atual vice prefeito, tem como certo o apoio do Palacio Guanabara e do presidente da Alerj, o deputado Rodrigo Bacellar, que acaba de deixar o PL, partido de José William, e que chega forte ao União Brasil. Em relação à pré-candidatura do atual vice fidelense, alguns de seus amigos e correligionários defendem até que ele assuma a cadeira de prefeito em 2024, pois isso o ajudaria bastante no pleito de outubro, ou seja, estabelecendo uma marca administrativa. JW deverá ser o 22.
O vice-prefeito José William concorrerá, dentre outros, com o ex-vereador Higor, com a ex secretária Leyla e com o ex vereador Oberlan
Segundo colocado na eleição de 2020, Higor Porto tem buscado apoio, participado de vários eventos, circulado bastante pela cidade e não poupado críticas à atual administração. De cara, o seu principal adversário na corrida à Prefeitura tende a ser o candidato oficial do governo Amarildo Alcântara. Higor teve o seu partido – o PSC – incorporado pelo Podemos. Salvo mudança partidária, usará o número 19.
Candidato a vice-prefeito na chapa de Higor Porto em 2020, Davi Sobrinho vem com o apoio maciço do tio Davi Loureiro. Dono de uma quantidade de votos bastante considerável, o ex-prefeito é a principal referência eleitoral do sobrinho, como foi do ex-prefeito Fenemê (1958-2021) e do atual, Amarildo Alcântara. Atualmente no União Brasil, tio e sobrinho deverão migrar para o Progressistas, seguindo os passos, como acontece tradicionalmente, do ex-governador Antony Garotinho. Nesse caso, se confirmada a candidatura de Davi Sobrinho (Neto), ele usará o 11.
Obelan Plouvier foi o quarto colocado no pleito de 2020. Tem algumas conversas e, segundo se comenta, já teria sido convidado a ser candidato a vice. Com a distância do pleito, uma decisão agora seria de jogador de futebol que compõe elenco. Uma decisão mais próxima seria de reforço de peso. Plouvier, afilhado do casal Waguinho (prefeito de Belford Roxo) e Daniela (ex-ministra de Lula), ambos do Republicanos, ele tem tranquilidade no MDB e, se passar na convenção partidária, o 15 será também opção nas urnas.
Sempre se colocando como pré-candidato, Gilberto Malafaia, filiado ao Patriota, se for candidato poderá usar o número 25. Isso porque, em decisão do TSE datada do último dia 9 de novembro, foi autorizada a fusão do Patriota com o PTB, fazendo nascer o PRD (Partido da Renovação Democrática).
O mais interessante é que todos os sete candidatos se afirmam efetivamente, como cabeças de chapa, sem abrirem qualquer possibilidade de ser vice.
O PT é federado com o PCdoB e com o PV, e deverá ter o apoio do Psol, com possibilidades de indicação do vice. Em relação aos outros partidos e pré-candidatos, somente o tempo clareará os caminhos por um corrida intensa, desgastante, mas democrática e respeitosa. Assim se espera!