PT cria rusgas internas ao antecipar candidaturas para as eleições municipais
Eleições 2024
Publicado em 05/11/2023

Partido quis evitar que disputas para 2024 se estendessem até as convenções

Publicado por O Globo / Foto Lucas Tavares

De olho em abreviar o prazo para definição de candidaturas às eleições municipais e, assim, evitar que disputas internas se arrastassem até meados de 2024, o PT acabou abrindo, desde já, divergências entre lideranças petistas e com partidos aliados. A estratégia de escolha acelerada dos nomes que concorrerão às prefeituras virou foco de insatisfação em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador. 

Pela legislação eleitoral, os partidos só precisam definir candidatos nas convenções, em geral, cerca de três meses antes da eleição. No caso do PT, uma resolução publicada pelo diretório nacional em setembro determinou que as instâncias municipais busquem consensos até este mês. Onde não houver unanimidade ou apoio de no mínimo dois terços do diretório local a um nome, o partido orientou ou que se faça prévias ou se resolva com algum tipo de votação interna. O prazo-limite para a votação final, nesse caso, é 15 de abril do ano que vem.

Dirigentes petistas argumentam que a antecipação do calendário é necessária porque o PT precisará entrar em acordo, depois, com PCdoB e PV, partidos com os quais forma uma federação. Por outro lado, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, já declarou em encontros com correligionários que gostaria de evitar debates partidários acalorados e prolongados neste início de governo Lula, para impedir que o partido transmita uma imagem de divisão e fragilidade. Com esse argumento, a legenda adiou para 2025 as eleições de seus diretórios nacional e estaduais, que seriam realizadas até o fim deste ano.

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