Projeto social esportivo nasceu no Jóckey e forma cidadãos e bons atletas
Por Arnaldo Garcia / Fotos Divulgação (Projeto Shekinah)
Ao contrário do que se possa imaginar, o karatê é uma modalidade esportiva que agrega grupos de jovens e nada tem a ver com a violência. A arte marcial foi introduzida no Brasil em 1961 e há até filme para divulgar a sua prática. Em Campos, o Projeto Shekinah é uma referência nessa atividade de mãos vazias e tem o professor Paulo Henrique Oliveira como grande mestre na formação de bons cidadãos e atletas.
E foi exatamente com esse objetivo que o mestre Paulo Henrique criou o Shekinah, para retirar as crianças do bairro (Jóckey) da ociosidade, oportunizando horário alternativo para que meninas e meninos possam conhecer e praticar essa arte marcial, que teve origem no Japão, e no Brasil começou na Bahia. O Projeto tem ampla interação com outras academias, inclusive do noroeste fluminense e do Estado do Espírito Santo, com as quais promove competições no sentido de mensurar o potencial de seus alunos.
Apoio e crescimento
O Shekinah tem crescido pela seriedade como é gerido, com a presença de novos alunos e, também, no interesse das pessoas em assistir as disputas. Essa projeção só fez agregar mais valor ao Projeto, que tem o apoio do vereador Marcione da Farmácia, do Projeto Movimento é Vida/Esporte Vida e da Fundação Municipal de Esportes (FME).
Através dessas parcerias, além das aulas ministradas em um espaço da Igreja Batista Memorial do Jóckey, a Vila Olímpica Antônio João de Faria, no mesmo bairro, também abriga um núcleo do projeto, que conta com 40 alunos. E a ideia do mestre Paulo Henrique Oliveira é abrir mais turmas, para tanto está em entendimentos para que a Penha e a Comunidade Tira Gosto também recebam o projeto.
“Estamos conseguindo cumprir o nosso objetivo de oferecer qualidade de vida para as crianças, daí essa nossa vontade de estender o nosso projeto. Não é uma modalidade barata, mas é tudo gratuito, por isso a busca por crianças com mais dificuldades, para que possamos seguir promovendo inclusão social. Estamos há 17 anos fazendo esse trabalho e agradecemos muito aos nossos parceiros, a FME, o Esporte Vida e o grande amigo Marcione da Farmácia”, destaca Paulo Henrique.
“O mestre Paulo Henrique é de uma dedicação extrema e faz um grandioso trabalho com meninas e meninos, digno do reconhecimento de todos. Eu sei o que é trabalhar sem estrutura, por isso, nós, do Movimento é Vida e da Fundação Municipal de Esportes, através do Luciano Viana, temos buscado fazer o possível para que esse trabalho cresça cada vez mais. É o desejo do prefeito Wladimir, de que projetos sérios, voltados para a inclusão social tenham nossas digitais”, pontua Leonardo Mantena.
Mestre Paulo Henrique ao lado de Ridrigo França, 18 anos, 3° período de Educação física do IFF; meninas e meninos do Shekinah
Competição
Cerca de 70 alunos participaram no início deste mês na Casa dos Esportes, do Jóckey, do 3º Campeonato Intermunicipal de Karatê do Projeto Shekinah, com a participação da Academia Budo-Kan, de São João da Barra, além da Banzai, de Campos. Os alunos do mestre Paulo Henrique ficaram em terceiro lugar, em número de medalhas de ouro, e de um total de 27 conquistas foram: 8 de ouro, 13 de prata e 6 de bronze.
O mestre explica que está em nova fase no núcleo da Igreja Memorial, já que assumiu a espaço há pouco tempo: “Trata-se de uma nova fase e estamos inclusive com portas abertas para novo alunos e vamos avançando. Para o ano que vem, a ideia é fazer uma grande competição interna” anuncia. As aulas no espaço da igreja são às terças-feiras, às 19h30, e, nesse mesmo horário, às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras na Vila Olímpica do Jóckey.
No dia 26 de novembro haverá exame de faixa, a partir das 9h, na Vila Olímpica Antônio João de Faria, no Jóckey. Na oportunidade, Rodrigo França, um dos principais alunos do Projeto deverá passar para faixa marron.
