Ferj Interdita Moacyrzão e Macaé, punido, mandará jogos fora do município
Esportes
Publicado em 17/10/2023

Ameaças e confusão após o jogo de sábado motivaram a punição acrescida de multa pesada

Por Mateus Berriel (Folha da Manhã) Foto Arquivo 

O Macaé não jogará mais em casa nesta Série B1 do Campeonato Estadual. Na última segunda-feira (16), o vice-presidente de competições da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Marcelo Vianna, puniu o clube com a perda de cinco mandos de campo além de multa de R$ 50 mil. O motivo foi uma confusão ao final da partida contra o Serrano, sábado (14), no Moacyrzão, em Macaé, com agressões verbais e ameaças de morte a integrantes da equipe de arbitragem por parte de pessoas ligadas ao clube macaense.

Na resolução emitida pelo vice-presidente de competições da Ferj, foram citados episódios de ameaça de morte, intimidação, violência, tumulto e indisciplina. O documento ressalta que, segundo o árbitro e o delegado do confronto Macaé 0 x 1 Serrano, dirigentes e pessoas vinculadas ao Macaé, que não integravam a comissão técnica e não poderiam entrar no campo de jogo, invadiram o gramado após o apito final para intimidar e ameaçar de morte o árbitro Lucas Coelho dos Santos e seus auxiliares. Ainda segundo a resolução,  agressões físicas só não se concretizaram em razão da intervenção dos policiais presentes no estádio.

Na súmula, o árbitro justificou que, aos 27 minutos de jogo, expulsou o preparador físico do Macaé, Carlos Henrique de Souza, que estaria ofendendo com xingamentos a equipe de arbitragem por discordar de determinadas decisões. 

Em outra situação, aos 44 minutos, foi expulso o atleta Vandinho, do Serrano, “por uso indevido da mão ao acertar, de maneira temerária, o rosto” de João Pedro, do Macaé, durante um lance. 

Na segunda etapa, ainda foram expulsos os jogadores Medina e Rodriguinho,  ambos do Macaé: o primeiro, por jogo brusco grave, e o segundo, por ter acertado o rosto de um atleta adversário com a mão durante outro lance.

O clima esquentou de vez ao final da partida, quando, segundo o árbitro relatou na súmula, integrantes da diretoria e membros da comissão técnica do Macaé entraram em campo e “começaram a fazer ponderações e ameaças”. Ainda de acordo com o árbitro, o presidente do Macaé, Cristiano Assis, teria dito que o respeitava, mas o acusou de ter prejudicado o clube e disse que nunca mais apitaria no Moacyrzão. Além dele, também foram citados o preparador físico expulso, a quem o árbitro creditou xingamentos, e dois homens não identificados, ambos de camisa cinza, que teriam feito as mais graves ameaças. Um deles teria ameaçado o juiz de morte. Os árbitros só conseguiram chegar ao vestiário minutos depois, com apoio de dois policiais militares.

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