A ação de hoje (11) é um desdobramento do flagrante realizado na data de ontem pela Polícia Federal. Na ocasião, três homens foram presos com 47 fuzis e centenas de munições.
Após o flagrante, ainda na madrugada de hoje, a PF representou pelos mandados de busca e apreensão e pelo sequestro de bens dos presos, em endereços residenciais e de empresas a estes vinculadas, no estado do Paraná e em Minas Gerais.
Em um dos locais, onde aparentemente funcionava uma fábrica de móveis, os policiais federais encontraram materiais, maquinários e caderno de anotações com manual de instruções que indicam que o grupo criminoso realiza a fabricação e montagem de fuzis no estado de Minas Gerais. Os indícios apontam que o armamento é posteriormente enviado ao Rio de Janeiro, onde é comercializado e distribuído para as fações criminosas que atuam nas comunidades do estado.
Na residência do principal alvo da operação - preso no flagrante de ontem - os policiais apreenderam peças de fuzis, carregadores e munições, além de um veículo de luxo.
O nome da operação, War Dogs, faz alusão ao filme americano de 2016, Cães de Guerra, no Brasil, que retrata o tráfico internacional de armas de fogo.
Ainda na PF: Delegado é alvo de busca e apreensão por vazamento de informação
Mandados foram expedidos por Justiça Federal no Rio de Janeiro
Um delegado da Polícia Federal, lotado na Superintendência do Rio de Janeiro, foi alvo de mandado de busca e apreensão, expedido pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro no âmbito de investigação que apura vazamento de informações sigilosas por parte do policial. O nome do delegado não foi divulgado pela Polícia Federal, que cumpriu a medida judicial.
As investigações apontam que o delegado recebia vantagens indevidas para fornecer informações sigilosas a terceiros. Os policiais federais apreenderam sete aparelhos de telefone celular, documentos, além de outros materiais que serão analisados dentro da investigação.
A Justiça Federal suspendeu o delegado de exercer a função policial, assim como está proibido do acessar as dependências e os sistemas da Polícia Federal.
O suspeito pode responder pelos crimes de corrupção passiva e violação de sigilo funcional, cujas penas podem chegar a 14 anos de prisão.