Projeto nasceu na Noruega, mas começou a ser desenvolvido na Inglaterra há 40 anos
Por Secom SJB
Norueguês Odeb Bem-Horin esteve com os alunos do Cmea I, de Mato Escuro, participantes pela terceira vez do evento que reúne estudantes de 20 países. O coordenador da Ópera Mundial da Ciência, Odeb Bem-Horin, chefe do Departamento de Educação Artística da Universidade de Ciências Aplicadas da Noruega Ocidental, esteve nesta segunda-feira, 18, em São João da Barra, para se encontrar com os alunos da rede municipal que desde 2011 participam do projeto, compondo as letras e interpretando as canções que são exibidas para o mundo inteiro em transmissão ao vivo pela internet. Este ano 20 países participam da Global Science Opera, que no Brasil tem como parceiro o Clube de Astronomia Louis Cruls, coordenado pelo físico Marcelo Souza, professor da Uenf.
Durante o evento, realizado no auditório municipal, Bem-Horin contou para os alunos como surgiu a ideia de integrar ciência e arte de forma criativa para contribuir com a ampliação do conhecimento científico. O projeto nasceu na Noruega, mas começou a ser desenvolvido na Inglaterra há 40 anos, levado por ele e seu professor.
“Desde então fomos crescendo e contando com a participação de cada vez mais países e é muito inspirador ver a criatividade e animação dos estudantes”, disse o norueguês em sua segunda visita ao Brasil – em 2015 ele esteve na vizinha Campos dos Goytacazes. Bem-Horin elogiou o trabalho dos alunos do 6º ao 9º anos do Centro Municipal de Educação Avançada (Cmea I) de Mato Escuro, que apresentaram as óperas produzidas nos dois anos anteriores.
O município estreou no projeto em 2011, com a participação de alunos selecionados em várias escolas municipais. Em 2022 a Secretaria Municipal de Educação promoveu um concurso e o Cmea I venceu, repetindo o feito este ano.
São João da Barra também participou da criação da Ópera Brasileira de Ciência e tem se destacado na Ópera Mundial. “Esta parceria com a Universidade da Noruega e com o Clube de Astronomia é um incentivo para os nossos alunos, uma oportunidade de ampliarem seu conhecimento sobre o mundo, de trocarem experiências e conviverem com diferentes culturas”, destaca a secretária municipal de Educação, Angélica Rodrigues.
Essa oportunidade é um incentivo para alunos como Rayza Souza, 14 anos, moradora de Azeitona e aluna do 9º ano do Cmea I. Ela integra o grupo que compõe a poesia para a ópera. “É muito bom pela experiência, pelas novas amizades e pelo conhecimento que a gente adquire”.
O tema da Ópera Mundial da Ciência este ano é Unfold the Universe, que pode ser traduzido para o português com desdobrar o universo, abrir o universo. A apresentação dos trabalhos dos 20 países será no dia 20 de novembro.