Missa na capela do Colégio Salesiano marca o aniversário do clube que vive tempos de incerteza
Por Arnaldo Garcia - Fotos Divulgação
Destacar o Americano do passado é muito fácil, neste dia em que o maior clube do interior do Rio de Janeiro completa 109 anos. Difícil é projetar o futuro desse gigante que, em não ter um grupo sucessório, na verdade, se apequena. Mas essa não é a visão da grande torcida alvinegra, cuja presença maior na partida contra o Gonçalense pela terceira rodada do Estadual foi sentida. O time foi montado com dificuldades, mas dá sinais de que estará na reta final da competição. Quem sabe esses 109 anos não sejam comemorados em uma outra data, com uma infinidade de atrações e por um objetivo cumprido? Mas, na dúvida, por enquanto somente uma missa marca a passagem do aniversário do clube.
Com um elenco que conhece bem a agremiação, com poucas exceções, a missa a ser celebrada às 18h na Capela do Colégio Salesiano foi encomendada pelo desportista Marcus Luciano Batista, que foi diretor na administração Luciano Viana, e que muito somou para o clube. Entretanto, de lá para cá, foi isolado pelas administrações seguintes. Marcus é fisioterapeuta e de trânsito livre na classe médica. Não à toa, conseguiu alguns convênios na área médica e patrocínio importante, mas como bom alvinegro não precisa de cargo e está sempre disposto a colaborar. Como, na verdade, também acontece com o ex-vice presidente de comunicação e marketing, Cyro Dieguez.
Vagner Xavier está na expectativa de que prevaleça o destaque do hino alvinegro nesta temporada e a Série A venha como prêmio ao trabalho
A citação desses nomes é apenas para exemplificar como existem pessoas que gostariam de participar da vida do clube e não tem oportunidade. A máxima é que para ser dirigente é necessário ter dinheiro e larga experiência para estar ajudando nas tomadas de posição, o que não é verdade. Inclusive desse universo, mas fora dessa realidade, há outros nomes que pensam o clube para o futuro, como o jornalista e gerente do Banco do Brasil, Leandro Dutra; o odontólogo Francisco Barros, vice presidente administrativo; Victor Rangel, vice-presidente de projetos, Bruno Zaccaro, que acaba de chegar à administração e tantos outros.
O Americano, que “achou” seus três últimos presidentes, para os próximos anos precisa não só olhar para dentro de si e projetar o futuro, mas também observar pessoas e fatos ao seu redor, entrosar e se inteirar, sabendo ouvir e medir o quanto quer avançar. Só para deixar um exemplo rápido aos que clamam pelo novo estádio e tem toda a razão para o clamor: É preciso saber qual o impacto que isso causará na combalida vida financeira do clube. Infelizmente, o jovem trabalhador, entusiasta e vitorioso Vagner Xavier, só existe um e chegou ao limite. Sem ele o clube estaria perto de fechar.
Ao contrário dos anos anteriores, quando falamos do passado de glórias, desta vez estamos falando do presente e do futuro. Este pode ser incerto se nada for feito de forma corporativa e responsável. E o torcedor é peça fundamental para que isso ocorra, pois o clube não é um feudo, não tem dono uno, embora imputem ao presidente (pagador de contas) essa condição que passa ao largo do desejo dele. O Americano é de todos, e como tal é de responsabilidade de todos. Não dá para se acovardar e largar uma diretoria sozinha e esperar resultados de campo e de sobrevivência. Se esse modelo continuar, a longevidade não ultrapassará a 2 anos.
A hora de acordar para realidade é agora, para que se possa comemorar 110 anos e mais primeiro de junho festivos e com bastante motivos para tal.
Por hoje, PARABÉNS, MAIOR DO INTERIOR!