Rafael reclama da situação e diz que humanos também correm risco
Foi aprovado, nesta quarta-feira (8) na Câmara de Macaé, requerimento de Rafael Amorim (PDT), solicitando à Secretaria de Mobilidade Urbana informações sobre acidentes com animais de grande porte. “Tivemos nos anos 2000 uma modernização nas linhas Azul e Verde, e na Avenida Industrial. Mas agora devemos torná-las mais seguras”.
Segundo ele, trata-se de reclamações da população. “Eu fui muitas vezes aos locais, fiz vídeos, conversei com as pessoas, removi animais mortos. Vidas humanas também correm risco”, disse o parlamentar. Amaro Luiz (PRTB) concordou. “Em 2003, eu fiz um requerimento semelhante. E na época já ocorriam acidentes. Recentemente, eu mesmo quase me envolvi em um. Às sete horas da noite, um animal atravessou na minha frente e por pouco não atropelei”.
José Prestes (PTB) afirmou que o problema não acontece só na área urbana. “Um dia desses, em nossa estrada estreita na Bicuda (Região Serrana), um rapaz sofreu acidente num caminhão porque tinha um cavalo na pista”. Quanto às vias citadas por Rafael, ele propôs a colocação de guard rails - também conhecidos como guarda-corpo, uma proteção em gradil a meia altura - e disse que falta sinalização. “Já vi vários carros entrando em valões, por excesso de velocidade”.
Telefonia, escolas e vazamento de água
Entre outros requerimentos, foram ainda aprovados um de Tico Jardim (Solidariedade) solicitando à TIM providências quanto a problemas com o sinal da operadora. Outro de Luiz Matos (Republicanos) pediu à Secretaria de Educação o cronograma de reformas nas escolas. Ele também foi autor de proposição para que a Cedae resolva vazamento em Rua do Novo Horizonte.
Contrato da BRK: Câmara cobra termo aditivo e continuidade das obras
Cesinha questiona auditoria que estaria paralisando os trabalhos
O presidente Cesinha (Solidariedade) obteve, nesta quarta-feira (8) na Câmara de Macaé, aprovação para requerimento cobrando do Executivo a assinatura do quarto termo aditivo ao contrato com a BRK Ambiental. O objetivo é saber acerca de uma auditoria que estaria impedindo o processo. Enquanto não for concluído o documento, as obras não podem ser iniciadas em outras partes da cidade.
“Queremos esgoto na porta da população. O contrato é de 2012. Por que uma auditoria só agora?”, protestou Cesinha, mencionando o Planalto da Ajuda. O líder do governo Luciano Diniz (Cidadania) disse que o acordo para o saneamento é muito prejudicial à prefeitura. “E não podemos recorrer à Justiça comum, apenas a um tribunal da Fundação Getúlio Vargas”.
Amaro Luiz (PRTB), que presidiu a CPI da BRK, falou em seguida. “A investigação foi concluída, mas há uma ação contestando a CPI. Agora, aguardamos uma decisão da Justiça para darmos continuidade”. José Prestes (PTB) participou do debate. “Temos que descobrir quem são e punir os responsáveis por esse contrato”.
Rond Macaé (Patriota) lamentou a impossibilidade de implantação da Estação de Tratamento de Esgoto para a Ajuda. “Foi comprada e está no pátio da Esane – empresa pública de saneamento – mas não pode ser instalada se não for concluído o quarto termo aditivo”.
Câmara tem sessão especial no Dia Internacional da Mulher
Iza Vicente (Rede), única mulher vereadora de Macaé, presidiu a sessão
A pedido da vereadora Iza Vicente (Rede), a Câmara de Macaé recebeu nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a secretária de Políticas para as Mulheres do município, Sheila Juvêncio. Durante o Grande Expediente, ela falou do trabalho e dos desafios da pasta. Por ocasião da data, o presidente Cesinha convidou Iza, única parlamentar mulher da Casa, a presidir a sessão.
A secretária iniciou sua fala com a triste constatação de que todas as formas de violência direcionadas ao gênero feminino aumentaram no ano passado. As informações são do Dossiê Mulher, que reúne dados de crimes contra as mulheres no estado do Rio de Janeiro em 2022 e foi divulgado hoje pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
Diante dos desafios da realidade atual, Sheila falou das ações e projetos da pasta e comemorou as mais recentes conquistas: a criação da Sala Lilás, para atendimento das mulheres vítimas de violência no Hospital Público de Macaé (HPM), e o serviço de acolhimento provisório. “Os dois começam a funcionar ainda no mês de março”, declarou Juvêncio.
Parlamentares apoiam a causa feminina
O vereador Paulo Paes (União Brasil) informou que já está em tramitação na Casa um projeto de sua autoria para endurecer a punição contra os agressores de mulheres. “Se for aprovado, o homem que agredir uma mulher ficará impedido de prestar serviço para o município”. Ou seja, não poderá ser contratado como pessoa física ou jurídica. Amaro Luiz (PRTB) também lembrou a aprovação de projeto nesse sentido.
Na mesma linha, Luiz Matos (Republicanos) anunciou a proposta de curso de defesa pessoal para mulheres. “O projeto já está em tramitação e, em breve, poderá ser discutido e votado por este do plenário”. José Prestes (PTB) reconheceu a dívida da sociedade com as mulheres e Luciano Diniz (Cidadania) relembrou as poucas representantes femininas que passaram pelo Legislativo como parlamentar.
Iza Vicente expôs a situação na cidade. “Em Macaé, três mulheres são agredidas por dia”. Ela enfatizou as múltiplas formas de agressão (física, verbal, psicológica, econômica, patrimonial, simbólica e sexual), que incluem julgamentos, piadas, descrédito, cobrança excessiva, perseguições e exclusões dos espaços de negociação e decisão, além das inúmeras tentativas de controlar a conduta das mulheres. “Somos agredidas no parto, nos ônibus, em festas e nos parlamentos. Mas eu seguirei pautando as lutas femininas”.
Para a vereadora, é importante que os homens se tornem aliados nesta causa. “Se cada homem fizer o seu papel, e conversar com outros a respeito, teremos uma sociedade bem melhor”, argumentou.
Auxílio às mulheres
As que precisam de acolhimento e orientação podem procurar o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) na Rua São João 33, no Centro. O telefone é o 2796-1045. Há ainda o Fala Mulher, no qual é possível enviar mensagem pelo WhatsApp (22) 99817-0976.
A partir do primeiro atendimento são identificadas as demandas por assistência jurídica, acompanhamento psicológico, qualificação profissional, acolhimento provisório ou outros. Assim, as mulheres são encaminhadas para receberem o amparo que necessitam.
No caso de violência contra a mulher ou o seu risco iminente, a Patrulha Maria da Penha pode ser acionada pelo telefone (22) 2796-1328 e (22) 99826-6263.